Dentre os vários usos do WASHI, destaca-se a importância que ele exerce
nos procedimentos de conservação e restauro de acervos históricos,
principalmente de livros, documentos e obras de arte.
Quando pensamos em preservação de bens culturais ou mesmo de acervos
familiares, não podemos pensar a curto prazo. Nosso alvo deve ser no
mínimo 100 anos.
Portanto todos os materiais envolvidos no tratamento de conservação e restauro devem ser quimicamente estáveis
e resistentes. Chamamos estes materiais de "materiais de qualidade arquivística".
O uso de papéis japoneses e de colas adequadas são procedimentos simples
mas ao mesmo tempo importantes para a perpetuação da vida dos acervos
documentais.
PAPEL OCIDENTAL:
Obtido através de processo contínuo de fabricação em massa com o uso de
fibras de celulose, principalmente de madeira, de baixa qualidade e
custo.
As qualidades do papel ocidental atendem ás exigências do mercado a que
ele se destina, mas pouco uso tem na área de conservação e restauro de
documentos históricos. As fibras são curtas e o processo de fabricação
utiliza químicos nocivos ao suporte papel dos livros, documentos e obras
de arte.
Características: É feito de fibras curtas, de baixa qualidade; é
quimicamente instável; tem baixa durabilidade e resistência (fibras
curtas); tem opacidade e não apresenta Ph neutro.
PAPEL ORIENTAL:
O WASHI, por sua vez, é obtido por processo manual e com utilização de
fibras vegetais muito longas, feito folha a folha, com ingredientes
estáveis de alta qualidade. Sua alta resistência atende a uma das
necessidades mais requeridas pelos restauradores e conservadores.
As fibras vegetais mais utilizadas na fabricação do papel japonês são o
KOZO, MITSUMATA, e GAMPI.
O tipo de processo de obtenção, o peso da tradição, a nobreza das
fibras, as qualidades do papel justificam as diferenças de custo de um
tipo para o outro.
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