A mais antiga versão brasileira da Estátua da Liberdade,
instalada em uma praça na Vila Kennedy, Zona Oeste do Rio, está prestes a
cair - e não será por obra de terroristas antiamericanos. Sem
conservação adequada, a escultura exibe rachaduras e infiltrações, como
mostra o leitor Alex Belchior.
"A estátua da Liberdade da Vila Kennedy mostra a triste realidade
dos monumentos da Zona Oeste. Nenhum deles foi recuperado pela
prefeitura", afirmou o internauta, que recomenda reparos urgentes.
Produzida pelo mesmo artista da obra americana, o francês
Frédéric Auguste Bartholdi, a escultura foi doada ao então governador
Carlos Lacerda pelo comendador José Ferreira da Rocha Paranhos para
marcar a inauguração da Vila Kennedy. O bairro foi criado para abrigar
moradores de 27 favelas desapropriados pelo lacerdismo. As obras
receberam investimentos dos EUA e, por esse motivo, o protótipo foi
posto na entrada do complexo residencial, que ainda foi batizado com o
nome de uma das famílias de políticos mais tradicionais daquele país.
Segundo o professor do Instituto de Geografia da Uerj e especialista
em História do Rio, João Batista Melo, a estátua é um símbolo do
posicionamento político do Brasil em relação ao comunismo.
- A Vila Kennedy foi um presente dos EUA para o país. A intenção
do governo Kennedy era de garantir que os países latinoamericanos se
posicionassem a favor do capitalismo, já que Cuba tinha acabado de
apoiar a extinta União Soviética. Para isso, firmaram acordos,
garantindo dinheiro. A escultura representou muito nesse momento de
definições - esclareceu Melo.
A Secretaria municipal de Conservação e Serviços Públicos
(Seconserva) informou que já está em estudo, por meio da Gerência de
Monumentos e Chafarizes, um projeto para revitalização da obra, previsto
para ser implementado ainda este ano.
Retalhado do site http://oglobo.globo.com/
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