CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO DE BENS CULTURAIS

01 dezembro 2011

Arqueologia da UFPel no Casarão 8 - Pelotas/RS

     No dia 25 de novembro, o professor de arqueologia da UFPel, Pedro Sanches, fez uma visita ao Casarão 8 com o objetivo de retirar alguns artefatos encontrados pelos funcionários que trabalham na obra. As peças que não fazem parte da construção são vestígios arqueológicos, como pedaços de louças, vidros e madeiras torneadas que testemunham o cotidiano das pessoas que viveram no casarão e no seu entorno.
    O pedido para retirada das peças foi aprovado pelo diretor responsável pela Reserva Técnica que abriga o acervo do Casarão 8, na UFPel, e será inventariado e acervado. Antes disso, elas passarão por procedimentos de conservação nos laboratórios do curso de Conservação e Restauro e, no futuro, retornarão ao casarão como peças das exposições de longa e curta duração do Museu Arqueológico, que será ali implantado.
Além de professor de arqueologia nos cursos de Museologia e Conservação e Restauro, Pedro Sanches preside a comissão para implantação do Museu de Antropologia e Arqueologia de Pelotas nas dependências do Casarão 8.

por Ana Luisa F. Bezerra
 

29 novembro 2011

O Conservador nômade (E-conservation)

     Quando o computador ganhou um lugar permanente em nossas casas, começou uma revolução no trabalho. Mas a conservação não é uma das profissões que você pode realizar a partir do seu computador em casa, a menos que você esteja trabalhando em documentação. Pelo contrário, a conservação tem sido sempre um trabalho que precisa ser feito em outros lugares. Nos tempos modernos, este fenômeno atingiu uma dimensão nunca antes visto.
     Muitas vezes nos queixamos dos problemas dos tempos modernos. Não temos grandes revoluções ou guerras mundiais, mas as coisas estão mudando mais do que gostaríamos sem aviso prévio. Nunca foi mais fácil ou mais barato para viajar, assim como parece que nunca foi tão difícil permanecer em um emprego. Mobilidade é a palavra de referência hoje em dia. Contratos de longo prazo são difíceis de se obter. Contratos de curto prazo, e / ou freelancing, estão aqui para ficar e ditar nossas vidas. Agora, é muito comum ter de 35 a 40 anos e passado os últimos 10 a 15 anos pulando de projeto para projeto, tanto no meio acadêmico, no campo de museus ou no setor privado.
      Hoje em dia, a mobilidade é considerada como um requisito necessário para o mercado de trabalho moderno. Na conservação podemos contemplar três tipos principais de mobilidade: micro-mobilidade, quando você se move dentro da região onde você mora; macro-mobilidade, quando você se move continuamente em torno de seu país, o que não significa ir para casa, muitas vezes, e inter-mobilidade, quando você muda para outro país de forma permanente ou de longa duração (períodos de 2-5 anos).
       Mobilidade é ótimo! Ela permite que você viaje, veja o mundo, e se você não gostar de algo, pode passar para o seu próximo alvo. Mas também não permite que você planeje seu futuro, saiba onde vai estar vivendo em alguns anos, e crie raízes em sua comunidade ou crie uma família, basicamente, não permite que você se estabeleça e fique sossegado.
      Esta é a verdadeira natureza da conservação: ir "in situ", onde é necessário, embora você possa transformar isso em "ir a qualquer lugar que você tem a chance de". Todo o conceito inicial é muito atraente, para procurar um lugar melhor, para sempre se mover para o melhor, mas quando o melhor não está disponível e você precisa seguir em frente, porque o seu último trabalho ou projeto está terminado, então ele se transforma em uma questão de sobrevência.
       Isto deve ser visto como um sinal dos tempos presentes e não como um grande problema. Como um fator que está moldando a geração real de conservadores-restauradores e que provavelmente vai mudar a maneira como a conservação é feita, eu acredito que merece alguma refleção.


Rui Bordalo,
Editor executivo de e-conservation magazine
Editorial novembro 2011

22 novembro 2011

PROCEDIMENTOS DE HIGIENIZAÇÃO DE ACERVOS

Por
Silvana Bojanoski,
Conservadora-restauradora,
Especialista em Obras sobre Papel


Porque realizar o procedimento de higienização 
A higienização, um dos procedimentos fundamentais da conservação preventiva, deve fazer parte da rotina das instituições responsáveis por acervos de valor cultural e histórico. O objetivo é reduzir ou eliminar agentes agressores que causam danos aos livros e documentos. Agentes agressores, tais como poeira e outros resíduos, além de comprometerem a conservação dos acervos, também podem ser prejudiciais à saúde das pessoas que tenham contato com os materiais, seja para consulta ou execução de tratamentos técnicos. O procedimento de higienização do acervo também possibilita identificar e reduzir problemas potenciais, como por exemplo, o ataque de agentes biológicos.
A higienização é um procedimento minucioso e deve ser realizado com muito cuidado por pessoas devidamente treinadas e conscientes sobre o valor cultural do acervo. O trabalho do “agente de higienização de acervos” deve, portanto, ser acompanhado e orientado por um conservador-restaurador.

Quais são os agentes agressores 
- Poluentes particulados (poeira) ou gasosos;
- Ovos ou excrementos de insetos;
- Resíduos de alimentos;
- Resíduos de borracha;
- Variados objetos deixados dentro dos livros, como prendedores metálicos, grampos e clipes oxidados, marcadores de papel ácido, folhas e flores secas, etc.

Quais os danos causados por estes agentes agressores 
- Os poluentes gasosos causam reações químicas acelerando os processos de degradação dos componentes dos livros e documentos (papel, couro, tintas, etc.).
- Os poluentes particulados (poeira) se depositam sobre as caixas, estantes e cabeça dos livros e agem como abrasivos danificando capas e folhas dos livros.
- As partículas de poeira são higroscópicas, ou seja, absorvem umidade, criando assim ambientes propícios para o desenvolvimento de fungos.
- A sujidade do ambiente também facilita ataques biológicos, pois insetos e ratos proliferam em ambientes escuros, com índices de temperatura e umidade elevados e onde encontrem fontes de alimentos.
- Resíduos deixados dentro de livros ou caixas servem como fonte de alimento para insetos e outras pragas.
- Objetos de metais (clipes, grampos, alfinetes) oxidam-se facilmente e danificam o papel.
- Folhas e flores deixadas dentro de livros ocasionam manchas e marcas.
- A acidez presente nos marcadores de papel migra para as páginas do livro.

Quais os materiais necessários para realizar a higienização 
- aspirador de pó
- sacos extras para o aspirador de pó
- trinchas e pincéis macios
- escova tipo bigode
- espátula de osso
- estiletes de metal
- pó de borracha plástica branca (vinil)
- borracha plástica
- ralador de aço inox
- boneca de pano (saquinho contendo algodão envolvido por um tecido de algodão
amarrado, utilizado na limpeza com pó de borracha).
- papel mata-borrão
- pesos
- lupas ou lentes de aumento
- luvas de algodão ou de helanca (para limpeza de fotografias)
- luvas de látex
- máscara
- jaleco
- touca
- óculos de proteção

Como deve ser o local para realizar a higienização 
- Escolher um local limpo, ventilado, com boa iluminação, se possível exclusivo, para realizar os procedimentos de higienização.
- O local onde é feita a higienização deve estar muito limpo e organizado.
Periodicamente realizar a limpeza de mesas, estantes, mesa de higienização e aspiradores com um pano umedecido em uma solução 1:1 de álcool e água.
- Providenciar estantes para separar o material a ser higienizado e o que já recebeu tratamento. Se a higienização for realizada in loco, é preciso zelar pela ordem e segurança do acervo, retirando, transportando e devolvendo as obras nas estantes com cuidado.
- Pode-se utilizar uma mesa de higienização ou capela com sucção do ar. Desta forma evita-se o contato direto do agente de higienização com a sujidade retirada dos documentos.
- Pode-se também improvisar uma mesa de higienização providenciando uma espécie de cabine feita com papel mata-borrão ou caixa de papelão. No fundo pode-se fixar com fita crepe um aspirador para sugar as sujidades retiradas dos documentos.

Preparo dos materiais e equipamentos de higienização 
- O saco descartável do aspirador deve ser trocado periodicamente.
- Os filtros da mesa de higienização devem ser mantidos limpos com o auxílio do aspirador de pó. Tais filtros, dependendo do fabricante, podem ser lavados ocasionalmente.
- As trinchas e pincéis devem ser usados apenas na higienização e devem ser lavados com freqüência com uma solução de água e sabão. Deve-se observar se estão bem secos antes de usá-los novamente.
- O pó de borracha pode ser obtido ralando a borracha plástica com um ralador de inox. Este material pode ser preparado e armazenado em um pote de vidro de boca larga com tampa de rosca.

Quais as medidas de proteção e segurança para realizar a higienização 
- O uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) tais como luvas, máscara, jaleco, touca e óculos de proteção é obrigatório durante a higienização de
documentos. Desta forma previnem-se reações alérgicas ou outros problemas de
saúde que possam ser ocasionados pela sujidade existente no material.
- As luvas, máscaras e toucas devem ser descartadas ao final do dia de trabalho.
- As mãos devem ser lavadas com sabonete bactericida no início e final do trabalho
de higienização.
- Não consumir alimentos e bebidas, aplicar cosmético, pentear os cabelos, fumar,
mascar chicletes na área de trabalho de higienização.
- Antes de iniciar a higienização é preciso avaliar o tipo do material e o seu estado
de conservação. Alguns suportes, como por exemplo, uma obra de arte com tintas
e pigmentos frágeis, documentos muito danificados e ácidos, encadernações
rompidas, exigem atenção especial, podendo-se optar, sob a orientação do
conservador-restaurador, realizar uma higienização diferenciada.
- Para determinar se a limpeza pode ser realizada com segurança recomenda-se
iniciar em uma pequena área do livro ou documento sem informação registrada,
observando o local com uma lupa para identificar possíveis danos.
- Atenção: se for observada alguma substância não identificada ou houver cheiro de
produto químico nos documentos, recomenda-se chamar um especialista para
fazer uma identificação. Existem inúmeros acervos contaminados com pesticidas
que foram utilizados em outras épocas para combater o ataque de insetos. Os
resíduos destes produtos podem causar sérios problemas de saúde para as
pessoas que trabalham ou manuseiam estes acervos.
- Documentos contaminados por fungos e bactérias também devem receber
atenção especial, pois algumas espécies são altamente perigosas para os seres
humanos. Recomenda-se chamar um especialista e/ou conservador-restaurador
para identificar a espécie de fungo, os riscos existentes e os procedimentos que
devem ser adotados em relação ao acervo contaminado.

Métodos de higienização 
Livros e obras encadernadas
1) Inicialmente avaliar a estabilidade e a resistência da obra. Se a encadernação
estiver integra, pode-se iniciar limpando a capa e os cortes do livro com um
aspirador de baixa potência. Recomenda-se amarrar um pedaço de gaze na boca do
aspirador para reduzir a sucção e evitar que pedaços do documento sejam sugados.
O aspirador de pó não pode ser utilizado quando existem folhas soltas ou rasgadas.
Essa etapa inicial de limpeza externa também pode ser realizada com uma trincha
ou com uma escova tipo bigode.
2) Ao realizar a limpeza dos cortes, segurar firmemente o livro pela lombada e
apoiado sobre uma superfície, tomando cuidado para que a sujidade não entre no
miolo do livro. Proceder a varredura empurrando a poeira para fora da
encadernação.
3) Ao realizar a limpeza das capas é preciso observar o tipo de revestimento:
- Revestimentos em tecido podem ser limpos com a escova tipo bigode e/ou
aspirador de pó, se a capa estiver resistente e íntegra.
- Revestimentos plastificados podem ser limpos com um pano macio. Se houver
muita sujidade pode-se utilizar o pano levemente umedecido com água. Pode-se
também utilizar uma solução 1:1 de água e álcool. Nesse caso recomenda-se
iniciar em uma área pequena para verificar se o material não reage com a
aplicação de álcool.
- Os revestimentos das capas em papel podem ser limpos com pó de borracha,
fazendo movimentos circulares suaves com a boneca de pano. É preciso ter o
cuidado de retirar todo o pó de borracha utilizado com uma trincha macia ao final
do procedimento.
- Os revestimentos em couro devem ser limpos com pincéis macios e/ou tecido de
algodão macio. Outros procedimentos de tratamento do couro devem ser
realizados sob a orientação de um conservador-restaurador.
4) Após limpar capas e cortes, realizar a limpeza do miolo do livro folha a folha com
uma trincha ou pincel macio. A varredura deve ser feita sempre no mesmo sentido,
direcionando a trincha para a parte posterior da área de limpeza de forma a jogar a
sujidade na direção oposta do agente de higienização. Quando se higieniza um livro
mais volumoso é preciso apoiar a capa em uma almofada ou outro tipo de apoio
para não forçar a costura com a abertura.
5) Na primeira higienização recomenda-se limpar folha a folha com uma trincha
macia, dando-se especial atenção para a parte próxima da costura onde
normalmente se acumula maior quantidade de sujidade. Posteriormente pode limpar
apenas as capas, os cortes e as cinco primeiras e cinco últimas folhas, pois são
essas partes que tendem a acumular mais sujidades.
6) Observar se existe sujidades incrustadas nas folhas. Se necessário usar uma lupa
ou lente de aumento. Para retirar essas sujidades pode-se utilizar uma espátula de
metal sem fio. Deve-se tomar muito cuidado para não danificar as folhas com este
instrumento.
7) Clipes e grampos devem ser retirados dos documentos. Os grampos podem ser
retirados com a espátula de metal, abrindo-se cuidadosamente o grampo na parte
de trás do documento. Não utilizar o extrator de grampos porque eles forçam e
rasgam o documento.
8) Todos os materiais estranhos que estejam dentro do livro devem ser retirados. Por
exemplo: pedaços de papéis usados como marcadores de páginas, barbantes, fios
de cabelo, resíduos de insetos, folhas e flores secas, etc.
9) Deve-se prestar atenção no que se vai retirar do livro ou documento. Um selo de
cera colado, por exemplo, faz parte do documento e não deve ser removido. Partes
soltas que façam parte da obra devem ser colocadas em envelopes devidamente
identificados. Dúvidas sobre como proceder devem ser sanadas com o responsável
pelo acervo ou pelo conservador-restaurador que estiver acompanhando o trabalho.
10) A retirada de fitas adesivas e etiquetas exigem especial cuidado porque pode
ocasionar danos e rasgos no papel. Trata-se de um procedimento específico que
somente deve ser realizada sob a orientação do conservador-restaurador.
11) Após finalizar a limpeza de cada folha com a trincha pode-se utilizar a espátula de
osso para alisar dobras e diminuir os vincos.
12) Após limpar todo o miolo, colocar a obra em pé e bater levemente na lombada
com o cabo do pincel. Observar se existem resíduos que possam indicar algum tipo
de infestação de insetos.
13) Ao finalizar a higienização do volume deve-se folhear com cuidado o livro várias
vezes para propiciar a aeração do miolo.

Documentos planos 
1) Documentos planos como mapas e plantas podem ser higienizados com pó de
borracha. Deve-se antes avaliar a resistência da obra para que o procedimento seja
feito com segurança.
2) A borracha não pode ser utilizada em áreas onde existam anotações ou pinturas a
lápis.
3) Os documentos de grande porte devem ser colocados em uma mesa grande,
mantendo-o preso com pesos nos cantos e laterais.
4) A borracha plástica é colocada sobre o documento e friccionada levemente com
uma “boneca” de algodão ou um pedaço da própria borracha.
5) Deve-se dividir o documento em setores, realizando-se a limpeza do documento
em partes. Desta forma tem-se o controle de quais áreas já foram limpas.
6) Os resíduos de pó que se acumulam no verso do documento devem ser totalmente
eliminados.
7) Na medida em que o pó de borracha se torna sujo e escuro ele deve ser retirado
da superfície do documento com uma trincha macia. O procedimento deve seguir,
respeitando-se a integridade do material, até que a borracha utilizada esteja clara.

Como limpar as áreas de guarda de documentos
- As pessoas que realizam a manutenção das áreas de guarda de documentos e
livros devem ser orientadas sobre como limpar essas áreas.
- Deve-se realizar sistematicamente a limpeza do piso e das estantes com
aspiradores de pó. Não é recomendável varrer o ambiente porque dessa forma o pó
fica em suspensão e volta a se depositar nas estantes e piso.
- Na limpeza de estantes recomenda-se utilizar um pano levemente umedecido em
uma solução de álcool e lysoform (2%). A estante deve estar completamente seca
para recolocar os livros.
- Nas áreas de guarda de documentos não se recomenda utilizar nenhum tipo de cera
ou outros produtos de limpeza.
- As caixas de acondicionamento e embalagens devem ser limpas sistematicamente.
Caixas poliondas devem ser limpas com o aspirador e pano levemente umedecido.
Caixas e pastas que apresentarem grande acúmulo de poeira devem ser
substituídas por caixas novas.

Conclusão 
A higienização é um procedimento simples que garante a melhoria das
condições de conservação dos documentos. No entanto não se pode, em nenhum
momento, ignorar as recomendações e orientações de cuidados para realizar esse
procedimento. A manipulação descuidada no momento da higienização pode piorar o
estado de conservação de um documento que já está fragilizado ou ainda, ocasionar
danos e perdas irrecuperáveis de informações. A movimentação do acervo, se
realizada sem controle, coloca o risco de extravio e perda das obras.
O manuseio e higienização de obras raras exige uma atenção especial. Além do
cuidado com as obras frágeis ou danificadas, é preciso estar atento às intervenções
indevidas, como por exemplo, a retirada ou perda de algum componente da
encadernação original que esteja solto ou deteriorado, ou ainda, qualquer ação que
resulte em alteração das características originais da obra. Recomenda-se prudência e
em casos de dúvidas é necessário buscar soluções e tomar decisões em conjunto com
os responsáveis pelo acervo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CASSARES, Norma Cianflone. Como fazer conservação preventiva em bibliotecas e
arquivos. São Paulo: Arquivo do Estado e Imprensa Oficial, 2000.
MELO, Leandro Lopes Pereira de; MOLINARI, Lílian Padilha. Higienização de
documentos com suporte em papel. São Paulo: Fundação Patrimônio Histórico da
Energia de São Paulo – Programa de Documentação Arquivística, 2002.
OGDEN, Sherelyn. Armazenagem e manuseio. Rio de Janeiro: Projeto Conservação
Preventiva em Bibliotecas e Arquivos, 2001.
PALETA, Fátima Aparecida Colombo; YAMASHITA, Marina Mayumi. Manual de
higienização de livros e documentos encadernados. São Paulo: Hucitec, 2004.
SERIPIERRI, Dione et al. Manual de conservação preventiva de documentos:
papel e filme. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005.
SILVA, Francelina Helena Alvarenga Lima e. Enfoques e ações em biossegurança em
bibliotecas, arquivos e museus. Apostila apresentada no III Curso de Segurança
em Acervos Culturais. Coordenação de Documentação em História da Ciência,
Museu de Astronomia e Ciências Afins/MCT, 09 a 13 de maio de 2005.
SPINELLI Jr. , Jayme. Conservação de acervos bibliográficos e documentais. Rio
de Janeiro: Fundação Biblioteca Nacional, Depto. De Processos Técnicos, 1997.
Disponível no portal http://www.bn.br/preservação.

17 novembro 2011

Jornal divulga pesquisa da UFPel que resgata memória das Carruagens fúnebres - Pelotas/RS


      Com a finalidade de resgatar a memória das carruagens fúnebres e parte da história da sociedade pelotense, a formanda do curso de Bacharelado em Conservação e Restauro de Bens Culturais Móveis, do Instituto de Ciências Humanas, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Luciane dos Santos Machado, desenvolve o trabalho de conclusão de curso sobre o tema "A presença de iconografia maçônica nos ornatos das carruagens fúnebres de Pelotas", com a orientação da professora Luíza Fabiana Neitzke de Carvalho. 
        A matéria acima foi veiculada no Jornal do almoço do dia 8/11/2011.

07 novembro 2011

Dicas de leitura: Incidência de pássaros em Conservação de Monumentos

 
 La Incidencia de las Aves en la Conservación de Monumentos
Índice:
  • Irene Arroyo, Aproximación al problema de las aves sobre monumentos. Efectos colaterales, p. 9
  • Ángeles Vázquez, Las aves urbanas: su problemática en el patrimonio, p. 20
  • Nieves Valentín, Cigüeñas y palomas. Correlación con microorganismos e insectos asociados. Análisis de casos prácticos, p. 35
  • Ricardo Jiménez Peydró, Planteamientos y soluciones a los problemas originados por aves en el patrimonio español, p. 43
  • Concha Cirujano, Sistemas anti-aves: estética, eficacia y mantenimiento, p. 55
  • José María Cámara, Clara Calvo, Manuel García Howlett, José Manuel Amigo, Prevención y control de poblaciones de palomas urbanas (Columba livia) en la ciudad de Madrid, p. 63

    - Madrid, Ministério da Cultura.
Download:
http://www.calameo.com/books/000075335ea814710202f

04 novembro 2011

ENTREVISTA: John Asmus: Lasers para Conservação de Arte

   John Asmus é um dos cientistas do mundo líderes em conservação, reconhecido e muitas vezes referido como o avô do laser de conservação da arte. Ele fez história através de suas inovações que contribuíram maciçamente para o avanço da tecnologia aplicada à conservação da arte. Entre suas notáveis realizações profissionais em conservação nos últimos anos podem ser chamados obras significativas da arte como a Monalisa e o Imperador Qin doexército de terracota.
        John Asmus foi físico de pesquisa no Instituto de Fisica Pura e Apliada na UCSD desde 1973. Ele recebeu um Ph.D. de Caltech em Eletrônica Quântica e Física, e tem 130 artigos publicados e 25 patentes. Ele introduziu a holografia, lasers, a imagem ultra-sônica, e processamento de imagens digitais para a conservação da arte e adaptados a gás embutido a tecnologia do plasma pinch-to a geração de intensa radiação ultravioleta para aplicações de preparação de superfície. Seu trabalho anterior em lasers de alta energia foi realizado em excimer EUA NOL, Atomic Geral, Labs Maxwell, e SAIC. No Atomic Geral que participaram do programa espacial ORION nuclear.
John-Asmus
      O prêmio Laureate Rolex de Empreendedorismo foi dado a ele em 1990 por seu trabalho de restauro do Imperador Qin dos guerreiros de terracota de Xi'an, na China.Ele tem sido um membro das equipes de conservação de numerosas arte em todo o mundo.
  
Entrevista de Rui Bordalo, janeiro de 2008
Acesse:

Trabalho de iconografia sobre "As meninas" de Diego Velazquez



31 outubro 2011

As Meninas - De Velasquez a Picasso



Diego Rodríguez de Silva y Velázquez
Nascido em Sevilha, a 6 de Junho de 1599 —faleceu em Madrid , 6 de Agosto de 1660. Foi um pintor espanhol e principal artista da corte do Rei Filipe IV de Espanha.
Filho de um advogado de nobre ascendência portuguesa, Velázquez levou o prenome do avô paterno que, em 1581, deixou Portugal (era originário do Porto) para se instalar com sua esposa em Sevilha. A mãe era de origem sevilhana. Foi um artista tecnicamente fantástico, e na opinião de muitos críticos de arte, insuperável pintor de retratos.
Velázquez não queria ser reconhecido, só como pintor, tinha também objectivos de ascensão social, queria estar envolvido com a corte real. Foi então que o sogro, conseguiu através de um amigo, o então conde-duque de Olivares, com que pudesse executar um retrato do rei Filipe IV.
O seu ingresso na corte foi o primeiro passo para cumprir seus objectivos dentro da pintura e de sua vida social. Tinha um recurso único que era a permissão de poder visitar sempre que quisesse o acervo real de obras-primas.
As meninas, obra-prima de Velasquez está hoje no Museu do Prado. Ao centro pode-se ver a infanta Margarida Teresa de Habsgurgo filha de Filipe IV acompanhada de suas damas de companhia, dos seus criados e de uma anã e uma criança que mexe com um cão. Já no canto esquerdo, vê-se um auto - retrato de Velázquez, em cuja veste percebemos a cruz da Ordem de Santiago, que foi incluída na tela somente após sua morte. Os reflexos do rei e da rainha da Espanha surgem num espelho atrás da infanta. Acima do retrato há dois quadros do acervo do palácio e, mais ao fundo, um homem entra em cena e movimenta a cortina, trazendo mais luminosidade à tela. 
A partir da década de 1950, Picasso decidiu reinterpretar de todas as formas imagináveis algumas obras que o obcecaram durante toda a vida. A mais célebre é certamente a série de 44 pinturas baseadas em “As Meninas”, de Velázquez. Várias versões de Picasso, muitas delas expostas extensivamente no Museu Picasso, de Barcelona.

Rethalhado de : http://aprendemos-mikasmi.blogspot.com/2009/01/diego-rodrguez-de-silva-y-velzquez.html

25 outubro 2011

Lista do Patrimônio Mundial no Brasil

A UNESCO desenvolve atividades para a proteção e conservação do patrimônio natural e cultural brasileiro, incluindo-se aí os sítios declarados pela UNESCO "Patrimônio da Humanidade", conforme lista abaixo. O site do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) traz mais detalhes sobre cada um dos sítios do Patrimônio Mundial no Brasil, assim como o site Patrimônios Culturais da Humanidade no Brasil (veja os links selecionados desta página). 


Rethalhado de http://www.unesco.org/

24 outubro 2011

EDITORIAL E-CONSERVATION

 O APRENDIZADO CONTÍNUO 

Eu percebi recentemente, uma tendência na conservadores jovens que, depois de trabalhar no campo por vários anos, vão voltar a estudar. E este, não necessariamente para conseguir um curso mais avançado em sua área, que já dominam, mas para obter um segundo grau em um campo relacionado para ajudar a expandir sua área de especialização profissional. Estudando química, por exemplo, vai ajudar os conservadores não só para compreender os meandros da deterioração das obras de arte, mas também irá permitir que os conservadores para fazer pesquisas e se envolver na esfera científica do campo.
Estas são de modo algum casos isolados. Mais e mais pessoas estão voltando para a escola em algum momento de suas vidas para perseguir um segundo grau ou algum outro tipo de formação avançada. Muitas pessoas param de estudar depois que saem da faculdade, no entanto eles podem achar que as habilidades que aprendeu originalmente pode não ser válido para o resto de suas vidas. A necessidade de actualizar as suas competências ou adquirir novos é agora mais forte do que nunca.
Como médicos, os conservadores se tornam especialistas por manter-se atualizado com as últimas inovações, materiais e tecnologias. Afinal, a conservação é um campo em constante evolução. Aprendemos todos os dias, a partir de nosso trabalho, que gera experiência instrutiva que então se acumula ao longo dos anos, aprendemos assistindo conferências, indo a reuniões profissionais, aprendemos simplesmente lendo um artigo. Mas isso não é uma formação sistemática e dificilmente é suficiente para adquirir novas habilidades. Aqui é onde a aprendizagem ao longo da vida entra em cena.
Aprendizagem ao longo da vida é um conceito abrangente de aprendizagem contínua ao longo de uma vida. É muito simples, mas tem sido promovida de maneira diferente de país para país. Enquanto em países anglo-saxónicos este é um conceito difundido nos países do sul da Europa, pode ser visto como uma fraqueza. De fato, depois de praticar durante muitos anos, nos tornamos especialistas em nosso campo. Assim, pode-se pensar, se eu já sou um especialista, por que eu preciso fazer mais cursos? Não vai que realmente ser um sinal de que eu duvido de mim mesmo? Quando na verdade, é completamente o oposto. Não é à toa que em países onde existem regimes de acreditação na conservação, a aprendizagem ao longo da vida é considerado como um critério importante a ser aceitos e reconhecidos como especialistas.
Aprendizagem adequada exige um tutor experiente, que pode entregar o conhecimento que você procure da melhor maneira. Dependendo do seu caso em particular e seus objetivos, você pode ter uma ampla gama de possibilidades, desde a simples assistir a um curso de curta duração para voltar à faculdade para obter um diploma de pós-graduação ou mestrado. Hoje em dia, você ainda pode fazer isso online.
É maravilhoso tera mais conhecimentos ou habilidades, mas às vezes nós simplesmente ficar preso em nossas rotinas diárias, preocupado com o cumprimento dos prazos ou excessivamente focados em nosso trabalho. Podemos pensar que um curso é muito pouco de um aborrecimento, na verdade, é um trabalho árduo e requer forte motivação. Voltar para a escola numa fase meio da carreira não é o mesmo que em nossa juventude, a principal diferença é que provavelmente devemos trabalhar enquanto estudo. É como assumir um segundo emprego. Apesar disso, as vantagens superam as desvantagens definitivamente. Estas são circunstâncias temporárias que mudará você para o melhor: de executar seu trabalho sob uma perspectiva completamente diferente até conseguir um novo emprego, há toda uma gama de possibilidades. No final do dia ele vai inevitavelmente nos enriquecer.


Rui Bordalo,
Editor Executivo da revista e-conservation
http://e-conservationline.com/

13 outubro 2011

O Recôncavo baiano - Cachoeira/ BA



O Recôncavo baiano é a região geográfica localizada em torno da Baía de Todos-os-Santos, abrangendo não só o litoral mas também toda a região do interior circundante à Baía. O Recôncavo inclui a Região Metropolitana de Salvador, onde está a capital do estado da Bahia, Salvador.
As outras cidades mais importantes são: Santo Antônio de Jesus, Candeias, São Francisco do Conde, Madre de Deus, Santo Amaro, Cachoeira, São Félix, Maragojipe e Cruz das Almas. A região é considerada muito rica em petróleo. Na agricultura a cana-de-açucar, mandioca e algumas culturas de frutas tropicais são propícias ao plantio.
O termo, dicionarizado como brasileirismo, tem como sinônimo apenas recôncavo, na acepção de "extensa e fértil região da Bahia" e deriva da situação geográfica, em torno da Baía de Todos os Santos, que guarda grande riqueza cultural e histórica.
   Na foto acima a esquerda a Prefeitura Municipal de Cachoeira, na Bahia. O município, localizado no Recôncavo Baiano a 111 km de Salvador, é uma das principais referências da cultura da baianidade e acima a direita as fachadas dos edifícios e sobrados e o antigo calçamento das ruas de Cachoeira traduzem a ligação desta antiga cidade com os valores históricos.

A cidade de Cachoeira, localizada no Recôncavo Baiano a 111 km de Salvador, é uma das principais referências da cultura da baianidade. Com uma população de maioria afrodescendente, o município também é notabilizado pela cultura dos séculos 18 e 19 e pela sua religiosidade, onde os rituais católicos se misturam com os preceitos do candomblé.
Tombada pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Nacional (Iphan), no início da década de 1970, a cidade reúne o segundo maior conjunto arquitetônico do estilo barroco na Bahia. Exemplo disso é o conjunto que abriga a Igreja e o Convento do Carmo, que já possui mais de dois séculos. No interior da Casa de Oração estão guardados verdadeiros tesouros, como trabalhos em talha dourada e imagens sacras de tamanho natural, além de artefatos construídos sob influência oriental.

Leia mais...
Rethalhado: 

Ação emergencial na cidade de Cachoeira, no Recôncavo Baiano

No dia 6 outubro, a superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional na Bahia – Iphan-BA, esteve em ação emergencial na cidade de Cachoeira, no Recôncavo Baiano. Nota publicada pelo Iphan-BA, a decisão foi tomada em função dos riscos iminentes ao patrimônio nacional e tem como objetivo interromper as “intervenções criminosas e estancar os graves danos causados ao patrimônio cultural”. A ação conta com a participação da Polícia Federal na Bahia.


Ainda de acordo com a nota, a Prefeitura Municipal de Cachoeira tem adotado uma conduta irresponsável e ameaça a preservação do patrimônio cultural, um dos mais expressivos acervos arquitetônicos do período colonial brasileiro, respondendo por cerca de 30% dos bens protegidos pelo Iphan no estado. Leia a nota na íntegra:


NOTA SOBRE AÇÃO EMERGENCIAL EM CACHOEIRA, BAHIA


A cidade de Cachoeira, localizada às margens do Rio Paraguaçu, no Recôncavo Baiano, possui um dos mais expressivos acervos arquitetônicos do período colonial Brasileiro, respondendo por cerca de 30% dos bens nacionalmente protegidos no Estado. Além do Conjunto Arquitetônico e Paisagístico, convertido em Monumento Nacional pelo Decreto 68.045, de 18/01/1971, através do processo 843-T-71, inscrito no livro Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, nº49, fl. 12, de 21/09/1971, o município possui 31 bens individualmente tombados, número superior ao acervo protegido de vários Estados da Federação.


Em face de sua relevância, Cachoeira recebeu do Governo Federal ao longo do últimos 10 anos recursos de R$ 55.000.000,00 (cinqüenta e cinco milhões de reais) aplicados em ações no Patrimônio Cultural, o que colocou a cidade no topo da lista dos municípios que mais investimentos recebeu em todo o país.


A implantação da Universidade Federal do Recôncavo Baiano – UFRB, por exemplo, apenas viabilizou-se a partir das intervenções efetuadas pelo IPHAN/Monumenta no Quarteirão Leite Alves, com obras de R$ 8.000.000,00 (oito milhões de reais). Vale aduzir, que a ida da universidade modificou inteiramente o tecido econômico-social local.
Junto a isto, é importante destacar as intervenções de conservação e restauração realizadas nas principais edificações civis e religiosas que compõe o conjunto protegido, tais como:
• Capela de Nossa Senhora da Ajuda;
• Paço (Casa de Câmara e Cadeia);
• Casa Natal de Ana Nery-Rua Ana Nery, nº 07;
• Conjunto do Carmo-Ordem Primeira;
• Conjunto do Carmo-Ordem III e Casa de Oração;
• Igreja do Rosarinho e Cemitério dos Pretos;
• Imóvel à Rua Benjamin Constant, nº 17;
• Imóvel à Rua Sete de Setembro, nº 34;
• Igreja Matriz do Rosário;
• Imóvel à Rua Ana Nery, nº 02;
• Igreja de Nossa Senhora da Conceição do Monte;
• Requalificação Urbana de logradouros(1ª Etapa);
• Imóvel à Rua Manoel Vitorino, nº 12;
• Imóvel à Rua 13 de Maio, nº 13;
• Requalificação Urbana da Orla de São Félix;
• Igreja Matriz do Rosário - Bens Integrados;
• Museu de Cachoeira;
• Igreja de São Tiago do Iguape;
• Seminário de Belém;
• Imóvel à Praça da Aclamação, nº 01;
Para além, encontram-se em andamento as seguintes intervenções:
• Implantação de Rede de Distribuição Subterrânea (Pronac)
• Restauração dos painéis azulejares da Igreja Matriz do Rosário
• Restauração do Cine Teatro Glória
• Restauração do imóvel situado à Rua Ana Nery, nº25
Cabe ainda observar ainda que, o Programa de Financiamento de imóveis privados investiu aproximadamente R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais), beneficiando 63 proprietários, que puderam dispor de recursos para a restauração e conservação dos seus próprios em condições especiais, sem quaisquer juros e prazo para pagamento de até 20 anos.
O Acordo de Preservação do Patrimônio Cultural – APPC do PAC das Cidades Históricas, capitaniado pelo IPHAN, firmado em outubro de 2010, prevê investimentos totais de R$ 105.000.000,00 (cento e cinco milhões de reais) até 2013, pelos governos estadual e federal.
Apesar de todo o exposto, e por absurdo, a Prefeitura Municipal tem adotado uma conduta irresponsável e desidiosa, se configurando como uma das principais ameaças à preservação do Patrimônio Cultural de Cachoeira. Além de se furtar a cumprir o seu dever constitucional de preservar o patrimônio cultural local, não fiscalizando e permitindo a disseminação de intervenções ilegais na cidade, o Poder Público Municipal tem pregado sistematicamente a desobediência aos diplomas legais de proteção do Patrimônio Cultural. Os danos cometidos contra o acervo histórico, cultural e artístico nacional se constituem em crimes cometidos contra o Patrimônio Nacional, sendo submetidos ao juízo da Justiça Penal Federal.
Atualmente, encontram-se em andamento inúmeras intervenções ilegais, sem a devida autorização desta instituição, como por exemplo, a construção de quadra poliesportiva na vizinhança imediata da Igreja do Antigo Seminário de Belém de Cachoeira, afetando agudamente a ambiência do monumento individualmente protegido; a destruição de canteiros de Praça localizada próxima à Avenida Beira Rio, requalificada recentemente com recursos do Governo Federal; a construção de cobertura metálica em quadra poliesportiva em imóvel situado à rua Martins Gomes; dentre outros.
Estes fatos, levaram o IPHAN a emitir diversos Termos de Embargo e Autos de Infração determinando a paralisação imediata de todo e qualquer serviço porventura iniciado. As determinações desta Instituição tem sido sistematicamente desobedecidas.
Diante dos riscos iminentes ao Patrimônio Nacional o IPHAN, no cumprimento do seu dever constitucional, em conjunto com a Policia Federal na Bahia, está realizando, em 06 de outubro de 2011, ação emergencial com o objetivo de interromper imediatamente as intervenções criminosas e estancar os graves danos causados ao Patrimônio Cultural Nacional no município de Cachoeira.


Informações da Superintendência do IPHAN na Bahia

07 outubro 2011

06 outubro 2011

Restauro na Piratinino em fase final - Pelotas/RS

      
     O trabalho de revitalização da caixa d''água da praça Piratinino de Almeida, em Pelotas, uma das únicas no mundo totalmente de ferro, deve estar concluído até o início do próximo mês. Houve atraso na entrega das obras porque o monumento precisou de reparos não previstos no projeto inicial. O restauro começou em dezembro de 2010 e deveria estar pronto em junho.
    Subsidiada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a revitalização envolve as secretarias de Qualidade Ambiental e de Gestão Urbana. Depois de pronta, a caixa d''água da Piratinino voltará a auxiliar no abastecimento da cidade, além de complementar o patrimônio histórico e turístico da região. "Estamos terminando a obra e a previsão é de que seja inaugurada na última semana de outubro ou no início de novembro. Ela está praticamente pronta, mas, quando se trata de restauro, surgem coisas não previstas e, por isso, tivemos que encomendar mais projetos", diz a arquiteta Helenice Couto. Segundo ela, falta concluir um trecho de pavimentação, pintura, parte elétrica e alguns ajustes.
     O minucioso trabalho começou com o desmonte das peças degradadas. Depois, foi feita a demolição de alvenarias construídas fora da originalidade do monumento e retirado o piso, para não ser comprometido. A caixa d''água de ferro fundido recebeu jateamento e teve todas as peças danificadas recuperadas.

Dicas de site/blog: Site sobre o tema “fotografia e trabalho” é disponibilizado pela UFPEL - Pelotas/RS

     Está disponível online o portal Fotografia e Trabalho RS, etapa do projeto de pesquisa "As funções e os sentidos do registro fotográfico" sobre o trabalho durante o século XX no Rio Grande do Sul, apoiado no Edital CNPq Nº 14/2010 – UNIVERSAL, lotado no Departamento de Museologia, Conservação e Restauro do Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Pelotas, coordenado pela Profª Francisca Ferreira Michelon e que constitui uma proposta de investigação sobre os acervos residentes em instituições do Rio Grande do Sul, já sistematizados ou em fase de sistematização, que apresentam o tema Trabalho como um dos indexadores dos documentos visuais. 
         A proposta originou-se do acervo de três instituições: do Arquivo Fotográfico Memória da Universidade Federal de Pelotas; do Memorial da Sociedade de Ginástica Porto Alegre – SOGIPA e do Museu da Comunicação Hipólito José da Costa. Mais informações estão disponíveis no site do projeto http://www.ufpel.edu.br/ich/fotografiaetrabalho 
    As análises de alguns resultados do projeto estarão sendo apresentadas pela coordenadora nas XIII Jornadas Internacionales del Patrimonio Industrial: Patrimonio Inmaterial e intangible de la industria, em Gijón, Asturias, Espanha, no dia 29 próximo. Este, como os demais trabalhos selecionados para o evento, será publicado em um livro, dentro da Coleção “Los Ojos de la Memoria”, volume 12. 


03 outubro 2011

Patrimoni en imatges

Praça coronel Pedro Osório (Fonte das Nereidas) em Pelotas/RS pelas lentes de Phillyp Almeida.

Veja mais em: 
http://phillyp-wwwphillypphotoscom.blogspot.com/

Castelo e residência de Simões Lopes devem ser tombados

Dois pedidos formais de tombamento devem chegar em breve ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae), em Porto Alegre. O diretor Eduardo Hahn esteve em Pelotas para visitar as construções: o Castelo Simões Lopes - erguido em 1922 - e a residência, em estilo neomourisco, que pertenceu a João Simões Lopes Neto, o maior autor regionalista do Rio Grande do Sul. A proteção legal dos prédios seria apenas um primeiro passo. Em ambos os casos, a restauração é urgente.

Fotos atuais e antigas, documentos, plantas, dados históricos. O embasamento deve garantir a instrução dos processos. E, mesmo que o tombamento venha, não é a solução, é só o início, alerta o diretor do Iphae. No casarão da rua Santa Tecla o restauro, com verbas públicas ou através das leis de Incentivo à Cultura, precisaria ser resultado de um longo debate para indicar qual seria o uso do imóvel no futuro. Para justificar o investimento público, no entanto, o bem privado teria de ganhar utilização coletiva.

A ligação com Simões
O palacete, erguido na então rua Paissandu, 2, pertenceu a João Simões Lopes Neto, filho de Catão Bonifácio e Teresa. É concreto. Uma certidão, garimpada em cartório pelo simoneano Mogar Xavier, comprova: “A casa foi adquirida por ele em 1896, aos 31 anos, e vendida em 1897, mas não afirmaria que viveu no local”, diz.

Sem uma intervenção rápida, “será uma ruína muito em breve”, afirma o historiador do Iphae, Robson Dutra. Cairiam mais do que forros com ornamentos em madeira recortada, paredes com pintura mural ou a fachada em estilo neomourisco. Poderia se perder parte da história, não apenas da arquitetura.

Castelo Simões Lopes

Claraboia quebrada. Telhado desabado. Piso comprometido. Fungos nas paredes. Aberturas deterioradas. Porta de entrada sem fechadura. É um retrato do Castelo Simões Lopes, construído em 1922 por Augusto Simões Lopes. O cenário é de abandono, apesar de a Guarda Municipal permanecer de plantão no patrimônio adquirido pelo Executivo em 1991.

Nas mãos da prefeitura, a construção projetada pelo arquiteto alemão Fernando Rullman, já foi Casa de Cultura e Centro de Atenção Psicossocial (Caps). Hoje é síntese de saques e vandalismo. Sem qualquer uso oficial.

Um recurso negociado com o Ministério da Saúde seria insuficiente para cobrir a restauração. “Os cerca de R$ 400 mil daria praticamente só para o telhado e a engenharia da Caixa Econômica, que é o gestor das obras do governo, não aceitou fazer por etapas”, explica a secretária de Saúde, Arita Bergmann. Um outro projeto deve, então, ser elaborado em conjunto com a Secretaria de Cultura (Secult), com vistas a um Memorial da Saúde Mental - sugere Arita.

 Por: Michele Ferreira


Rethalhado de http://www.diariopopular.com.br

02 setembro 2011

Projeto de restauração do Sete de Abril será entregue ao Iphan


    O projeto completo das obras de restauração do centenário Theatro Sete de Abril está concluído e será entregue ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), nesta sexta-feira (02). A determinação partiu do prefeito Adolfo Antonio Fetter em reunião com o titular da Secult, Ulisses Nornberg, e o corpo técnico do escritório local do Projeto Monumenta, lotado na Secult. Na ocasião, o projeto de restauro foi apresentado ao prefeito, que solicitou que, amanhã, este seja enviado ao escritório do Iphan em Porto Alegre.
    O corpo de engenheiros e arquitetos do escritório local do Monumenta apresentou ao Chefe do Executivo o registro fotográfico do teatro, levantamento cadastral, projeto arquitetônico, projeto estrutural, projeto de cobertura, projeto hidrossanitário, arquitetura, iluminação cênica e memoriais descritivos de cada um dos projetos. Todo este material foi compilado em oito volumes, que contemplam ainda projetos complementares, diagnóstico das patologias encontradas e as respectivas propostas de intervenção visando à consolidação e restauração integral do teatro, além de buscar a requalificação dos espaços. Contemplados ainda no projeto a restauração total das poltronas, instalação de carpete, placas de identificação, cortinas e demais itens internos do teatro.
Ao dar vistas ao volumoso projeto, Fetter parabenizou a equipe da Secult e destacou que sem o trabalho árduo e contínuo de cada um dos membros da equipe, a realização do projeto não seria possível.
    A equipe técnica que participou da audiência com Fetter é composta pelo engenheiro Ricardo Silveira, engenheira Gisela Frattini, arquitetos Fábio Caetano e Marta da Rosa e Silva.

Fonte: pelotas.com.br

01 setembro 2011

1° Encontro do GT história, imagem e cultura visual - ANPUH/RS


Programação

Dia 24/11

14h às 18h: credenciamento
19h: Conferência de abertura: Profª Drª Ana Maria Mauad/UFF

Dia 25/11

9h às 12:30h: Comunicações

14h às 16h: Mesa-Redonda História e fotografia: Prof. Dr. Charles Monteiro (PUCRS), Prof.ª Drª Zita Possamai (UFRGS) e Profª Drª Francisca Michelon (UFPel)
16:30h às 18:30h: Mesa-Redonda História, imagem e cultura visual: Profª Drª Daniela Kern (UFRGS), Prof. Dr. Aristeu Lopes (UFPel) e Prof. Dr. Juarez Fuão (FURG)
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