CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO DE BENS CULTURAIS

18 dezembro 2012

18 de dezembro - Dia do museólogo


23 outubro 2012

Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis



  • Cecor - Centro de Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis – EBA/UFMG
  • Núcleo de Conservação e Restauração – Universidade Estácio de Sá
  • Conservação e Restauro de bens culturais móveis da UFPEL.
  • Fundação de Arte de Ouro Preto – FAOP : Instituição que se dedicada à formação de profissionais aptos a atuar na preservação e conservação do patrimônio cultural brasileiro.
  • Departamento de Arte, Conservação e Restauro (DACR)  Escola Superior de Tecnologia de Tomar
  • Abracor - Associação Brasileira de Conservadores – Restauradores de Bens Culturais : Sediada no Rio de Janeiro e congrega profissionais de todas as áreas da conservação e restauração de bens culturais. Organiza cursos e eventos periódicos e procura disseminar informações por meio de suas publicações – Anais do Seminário, guias e boletins.
  • ABER -Associação Brasileira de Encadernação e Restauro : Localizada em São Paulo e foi criada em 1988. Voltada para a preservação de documentos gráficos, a ABER desenvolve, em convênio com o SENAI, um importante curso de conservação e restauração de documentação gráfica, além de outros que têm o papel como suporte.
  • CECRE  Mestrado Profissional em Conservação e Restauração de Monumentos e Núcleos Históricos – UFBA
  • CEIB - Centro de Estudo da Imaginária Brasileira
  • Portal de Conservação e Restauro
  • Patrimôniocultural.org
  • IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
  • Instituto dos Museus e da Conservação – IMC
  • Instituto Ibérico do Patrimônio
  • Institute of Conservation – Inglaterra
  • ARMOR – Paper Conservation
  • Textile Conservation Center – Inglaterra
  • AIC - American Institute for Conservation of Historic and Artistic Works
  • IIC - International Institute for Conservation of Historic and Artistic Work – Inglaterra
  • Getty Conservation Institute – EUA : Localizado em Marina del Rey, na Califórnia, atua nas áreas de conservação de obras de arte, de arquitetura e de arqueologia, oferecendo cursos, promovendo eventos e produzindo publicações, dentre as quais o boletim quadrimestral Conservación, além de trabalhos técnicos na área.
  • ICCROM - International Centre for Study of the Preservation and Restoration of Cultural Property- Itália :  Tem como área de abrangência os mais diversos tipos de bens culturais – monumentos, edifícios históricos, sítios arqueológicos, coleções de museus, documentação bibliográfica e arquivística – e sua atuação se dá basicamente em três campos: documentação, pesquisa, consultoria e treinamento.
  • ICOMOS - (International Council on Monuments and Sites – França
  • Revista Museu
  • FUNARTE Brasil : Memória das Artes

11 julho 2012

Dica de site/blog e de leitura: Historia e-história e Pelotas dos anos 50

      Duas dicas interessante para quem gosta de história. A outra mais diretamente para quem mora em Pelotas/RS.
      A dica do Site é do historia e-historia, uma publicação organizada com o apoio do grupo de pesquisa arqueologia histórica da UNICAMP.
     "O interesse pelo passado tem gerado uma multiplicação de revistas virtuais, onde Historia e-Historia surge voltada para divulgação da pesquisa histórica e preocupada com a relevância do estudo da História e da Arqueologia."


      Dando uma olhada mais atenta  podemos nos deparar com trabalhos de alunos e uma boa pedida de leitura e o texto sobre a Pelotas dos anos 50.
Segue o link:
                       Parte 1: link
                       Parte 2: link

Fonte: Saneamento de Pelotas (quinta etapa-1950-1951): relatório da construção. Pelotas: 1952.



25 abril 2012

Kamikoya, a paixão pelo papel artesanal washi


O holandês Rogier Uitenboogaart trabalhava numa empresa de encadernação artesanal de livros em seu país quando teve a oportunidade de ver pela primeira vez uma folha de washi, o papel japonês. Ele ficou encantado com a qualidade, textura e transparência da peça e resolveu viajar ao Japão para pesquisar sobre essa milenar técnica nipônica.

Em 1980, Rogier passou a percorrer as principais regiões japonesas onde existia a tradição de produção de
washi. Ele relembra que “conforme aprofundava a pesquisa, ficava cada vez mais fascinado porque descobri que todo o processo da confecção do papel estava intimamente relacionada com outros elementos culturais e também muito ligado com a natureza, já que utiliza a casca do caule de alguns tipos de plantas para produzir a fibra. Foi uma surpresa porque era diferente do papel artesanal europeu, que é feito reciclando tecidos de algodão”.

Depois de um ano de pesquisa, ele decidiu viver no Japão para trabalhar com o
washi e escolheu a província de Kochi para morar. Desde antigamente até hoje, ela é a maior produtora do país da matéria-prima para a fabricação do papel tradicional, ou seja, das plantas kōzo e mitsumata, das quais se extrai a fibra.

Rogier produz o
washi com uma técnica antiga, que já está deixando de ser praticada no Japão, mas que ele considera natural e ecológica. O próprio se encarrega de todo o processo produtivo, desde o cultivo das plantas que fornecerão a fibra. Atualmente, 70% da matéria-prima usada para fazer washi é importada de outros países e a produção no Japão em larga escala se tornou inviável economicamente. Ele também faz questão de não usar nenhum produto químico ou poluente. As folhas de washi são muito usadas para a produção de artesanato e para a decoração de interiores e revestimento de parede. Rogier também confecciona lustres com o papel, colando em armações que faz com os cipós que ele mesmo coleta na floresta.

Recuperar a tradição

Rogier, primeiramente, residiu na cidade de Ino e depois, em 1992, transferiu-se para Yusuhara, onde, posteriormente, desenvolveu um projeto junto com seis famílias de agricultores para recuperar a antiga tradição da região como produtora das plantas para fazer washi.
Atualmente, as montanhas estão tomadas pelo reflorestamento de sugi (cedro), mas, até algumas décadas atrás, o povo cultivava as altas e íngremes encostas com plantas comestíveis e também com kōzo e mitsumata. Esta última tinha grande importância econômica porque era adquirida pelo governo para confeccionar as cédulas de dinheiro.

Rogier conta com orgulho que “neste ano, o grupo plantou mil pés de
mitsumata. O projeto também tem como objetivo oferecer alternativa de trabalho e renda para os moradores locais”. A comunidade onde ele reside fica longe da cidade, isolada no fundo de um vale. Faça o seu papel
Em 2006, a atividade com a comunidade foi incrementada com a inauguração de uma oficina de papel e pousada, chamada Kamikoya. Os ingredientes utilizados na refeição da pousada são fornecidos pelos próprios agricultores que participam do projeto.

Os visitantes, mesmo não sendo hóspedes, podem participar de cursos de produção de papel, desde experimentais até avançados.


Além da produção do
washi, os cursos incluem a identificação das plantas utilizadas para tirar a fibra, que estão plantadas próximas da oficina, e coleta das folhas e ramos que servirão para misturar com a polpa e decorar o papel.




Rethalahado de http://curtindoojapao.com
Texto e fotos: Reginaldo Okada©
Coordenação e pesquisa: Satomi Shimogo


18 abril 2012

Al Problema De La Decisión: “Porqué, Cómo y Cuándo se Restaura”, se Agrega el de: “ Cuánto” ?

M. Silvio Goren*
El investigador debe valerse de los datos que brinda el material de estudio, para ubicar determinada obra en el tiempo y medio de su creación. Conservadores y Restauradores tienen la obligación de procurar la preservación de la materia y también de todos los signos posibles, para permitir que las investigaciones puedan llevarse a cabo sin falseamientos ni complicaciones; tanto sea para rescatar todo valor histórico-documental factible, como para permitir la admiración estética de una pieza.
Pero a pesar de la enorme difusión que han tenido las consignas de la Conservación, cantidad de restauradores siguen ignorando esas pautas y continúan interviniendo “profundamente”, como si “haciendo mucho se hiciera mejor”. Por qué?
Una respuesta es que a los restauradores -que somos fundamentalmente artesanos- nos cuesta cambiar nuestros sistemas de trabajo. No se puede olvidar que los Maestros que nos dieron instrucción, enseñaron que para hacer una buena tarea era necesario que la obra quedara hacer un trabajo “completo y prolijo”, y en especial “a fondo” para prever males futuros. Y aunque hoy día se ha demostrado que esa consigna no responde a toda la verdad, a veces lo ignoramos, quizá sintiendo que traicionamos a nuestros educadores y al conocimiento que nos brindaron.
Hay incluso oficios artesanales -muy relacionados al Patrimonio Cultural-, en los que la tradición está arraigada a través de siglos, y donde será más lento el proceso de concientización.
Otra explicación es que a veces las consignas de “cuidado extremo” se ven demasiado teóricas, porque pertenecen a realidades de instituciones con recursos y conciencia, que no son las de los países subdesarrollados; y los técnicos no terminamos de relacionarlas con el trabajo (a veces desesperado) que estamos haciendo.
Pero yo creo que en el fondo de cada profesional hay una intención de hacer las cosas “lo mejor posible”, y gustaría reflexionar acerca de las razones valederas de la Conservación que han logrado modificar todas las especialidades de la restauración.

FUNDAMENTOS

Una obra es una unidad complementaria de recursos y funciones múltiples. Mientras que los recursos están referidos al estudio y la investigación, las funciones representan las maneras en que el objeto puede ser utilizado o aprovechado para su exhibición y consulta.
Tomaremos el ejemplo de un libro, ya que es uno de los “artefactos” de funciones múltiples más completo, perfecto para simbolizar la secuencia de pensamiento correcta cuando se plantea una propuesta de intervención. Con las modificaciones pertinentes a cada caso, esta práctica puede ser aplicable a todas las otras especialidades.

Entonces, sin discutir sobre la importancia o prioridad de las funciones destacables de un libro, describiremos genéricamente el “para qué sirve” un “artefacto llamado libro”. Y ese análisis nos llevará -por sí solo- a las pautas que fundamentan la Conservación.


MATERIALES Y COMPOSICIÓN

Normalmente un libro está constituido por una materia prima llamada papel. Para poder estudiar documentos u obras de arte plasmados sobre papel, se cuenta con estas características que deben ser preservadas durante cualquiera de los tratamientos conservativos o restaurativos previsibles:

El soporte (el papel con todas sus características físicas y químicas).
El sistema con que se imprime o escribe el eventual texto.
Los materiales tintóreos utilizados para texto, decoración o algún tipo de expresión artística.
La estructura expresiva empleada; linguística, literaria o artística.

Cada una de éstas se diversifica a su vez para multiplicarse en una cantidad de aspectos que involucran distintas especialidades.

FUNCIONES

Una vez producido el libro, los elementos citados pasan a formar parte de un mecanismo que los interrelaciona y multiplica, que puede llamarse función.

La informativa: se refiere al contenido, el texto o material impreso propiamente dicho.
La histórica: puede tener una firma, inscripciones, haber pertenecido a una personasignificativa, implicar una relación con determinada importancia ideológica, etc.
La cultural: puede representar una decoración característica de cierta época o distintiva de un pueblo, grupo artesanal, etc.
La estética: es fundamentalmente relacionada a lo artesanal (la obra puede ser representante de un sistema de impresión o un estilo de encuadernación determinado, conmateriales especiales etc.)
La mecánica: debe servir para posibilitar la maniobra de la lectura o la investigación.
En la mayoría de los casos, la información es algo que precisa conservarse. Y esto se puede hacer fácilmente con recursos que van desde una fotocopiadora hasta la fotografía o la microfilmación. No es “menester” producir retoques y aclaraciones en el original pues eso se produce en los duplicados.
Pero es respecto de la materia donde generalmente abundan las discusiones para determinar hasta qué punto vamos a reemplazar o modificar determinada parte componente. Es allí donde el restaurador podrá hacerse la pregunta clave para encontrar la solución: qué se desea restablecer? Previendo que a lo mejor las exigencias están referidas a sólo una parte del objeto, y no es necesario intervenir sobre otra área.
Si se trata de la parte correspondiente a la expresión artística, deberán restaurarse las partes afectadas haciendo un esfuerzo por preservar todo vestigio de material original y evitar los reemplazos radicales. Es fácil entender que nosotros podemos hacer un trabajo “mejor” o “peor” que el original, pero nunca podremos recrear “el mismo”. Y ya que este punto es bastante subjetivo, con la ayuda de un historiador se podrá encontrar la forma para “sugerir” el aspecto original
Si el caso es la documentación histórico-cultural, no caben discusiones: deberán preservarse y respetarse todos los signos posibles.
Y si es la mecánica, habrá que restablecer la posibilidad de manipular el objeto, salvo que se decida quitarlo de circulación. En ese caso podrán mantenerse separadas algunas partes; para no someterlas a una nueva intervención (en el caso del libro, esto se refiere a guardar las tapas en un recipiente apropiado, para consulta de profesionales especialmente interesados). Pero en caso de requerir nuevamente la función de su uso, hay que tener en cuenta que muchas veces se puede reforzar, sin necesidad de cambiar o reformular el sistema. Todo depende de cuánto se vaya a utilizar al regresarlo a su sitio habitual.
El caso de los libros es muy interesante para la ejemplificación, ya que desde una institución puede desalentarse el manejo indiscriminado. La idea parte en establecer con qué motivo desea consultarlo el usuario. Si es por el contenido, a la persona le dará igual que le entreguen una fotocopia; y recién se le permitirá acceso al original al investigador que acredite interés por las otras “funciones” del objeto, y solicitándole que use guantes de algodón para el manejo. De ese modo se le ahorra al ejemplar una enorme cantidad de manipulaciones innecesarias.
Finalmente, pido a mis colegas que no dejen de consultar a profesionales de otras disciplinas. La consulta no denigra sino que enaltece la responsabilidad profesional de quien la hace; y a través de ella se da cabida al aporte de otras ideas que pueden mejorar considerablemente nuestro trabajo.
Cuando se le solicita al profesional que “escuche” a la obra, para determinar qué es lo que “realmente” está requiriendo, se le está pidiendo que no restaure más allá de lo necesario. Pensemos que nuestros Maestros, puestos en esta realidad, también habrían abrazado los conceptos de la Conservación.

* M. Silvio Goren es Restaurador y docente en materia de Restauración y Conservación.
Site: http://www.silviogoren.com.ar/

16 abril 2012

Maravilha do Mundo Antigo - Colosso de Rodes

       Considerada uma das sete maravilhas do mundo antigo, o Colosso de Rodes foi uma grande estátua construída na Grécia, próximo do Mar Mediterrâneo. O escultor Carés de Lindos demorou mais de dez anos para concluir o monumento: iniciou em 292 a.C. e só conseguiu terminar em 280 a.C.
       Com 30 metros de altura e cerca de 70 toneladas de peso, a estátua servia como porta de entrada à Ilha de Rodes e representava o deus sol Hélios. Segundo alguns historiadores, as pernas do Colosso ligavam as margens do canal. Em uma das mãos do colosso, havia um farol que servia para iluminar as embarcações noturnas.


       
        Apesar de ser uma bela obra, o Colosso de Rodes só durou 55 anos: um terremoto de grande escala acabou arremessando a estátua no fundo do mar. Sem condições de reerguê-la, os gregos acabaram esquecendo-a . Ela só foi redescoberta no século VII, quando os árabes invadiram o território e decidiram vendê-la como sucata. Para locomover a gigantesca estátua, foram necessários mais de 900 camelos.
        O monumento foi construído em homenagem à retirada das tropas de Demétrio, que herdou de Alexandre parte da Grécia. O imperador macedônio queria conquistar o local, mas acabou sendo expulso. Os armamentos abandonados pelos macedônios serviram para completar a estrutura da estátua.
Dizem alguns especialistas que, após a conclusão da obra, Carés ficou decepcionado com a falta de reconhecimento público de sua estátua e acabou se suicidando de tanto desgosto.
        Recentemente uma arqueóloga alemã, Ursula Vedder, afirmou que na verdade a estátua ficava no grande Monte Smith, e não no porto. Entretanto, sua teoria não é 100% aceita porque ela precisa encontrar mais vestígios da obra em escavações próximas ao monte.
        
         O artista alemão Gert Hof planeja fazer uma reconstrução do Colosso de Rodes com até 100 metros de altura. Ainda não se sabe quando ela será concluída, mas há uma estimativa de que seu custo esteja em 200 milhões de euros.

Fontes:
http://bethccruz.blogspot.com/2009/02/colosso-de-rodes-maravilha-mitica-e.html
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI2756682-EI295,00-Colosso+de+Rodes+ficava+em+montanha+e+nao+em+porto.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Colosso_de_Rodes
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/sete-maravilhas-do-mundo-antigo/colosso-de-rodes1.php


Por Tiago Ferreira da Silva
Rethalahado de http://www.infoescola.com/

28 fevereiro 2012

Restauração da Biblioteca Pública do RS deve terminar em 2013

 A restauração da Biblioteca Pública do Rio Grande do Sul, cuja conclusão estava prevista para o final de 2011, deve ocorrer apenas na metade de 2013. 
Essa é a notícia ruim. A boa é que a biblioteca, na Rua Riachuelo, centro da Capital, deve ser reaberta parcialmente em 14 de abril e ganhar um anexo, no primeiro semestre. 
A diretora da biblioteca, Morgana Malcon, alega que os percalços da restauração delicada de um prédio abandonado, os imprevistos e o rigor dos trabalhos justificam o atraso:

— A gente achava que iria executar até o fim de 2011, que teria captado os recursos e que não haveria tantos imprevistos. O trabalho foi mais lento. Não havia limite de prazo no contrato.
Para exemplificar o abandono, Morgana conta que, certa vez, o guarda do prédio ouviu o que pareciam vozes vindas de uma sala. Seria a comprovação de que a Biblioteca, de 1871, era mal-assombrada. 
O vigia se aproximava do local de onde vinha o som. A origem era o busto do escritor Manoelito de Ornellas. Titubeante, o vigia fitava o busto, ouvia o som e se aproximava. Enchendo-se de coragem, levantou-o. Do interior da peça, voejou um morcego que fizera dela moradia.

— Era muito abandono. Surgiu uma obra de arte original inesperada, sob sete mãos de pintura. O vidro verde com relevo foi encontrado depois de três meses, na cor branca. Levamos um tempão para pigmentá-lo. A madeira que precisávamos, achamos em Mato Grosso — desfia ela.
Nos anos 50, o pintor Ado Malagoli, influenciado pelas tendências da época, passou tinta azul sobre a pintura original, com desenhos em cores. O argumento: a riqueza da pintura atrapalhava a leitura dos frequentadores, tirando-lhes a concentração. Há casos mais prosaicos. 
Um afresco na Sala do Egito demorou a ser restaurado porque a caixa de água do prédio vizinho provocava umidade na parede. Custou para o condomínio fazer a obra que permitiu o começo da recuperação.

— Um restauro desses é complexo. Durante o trabalho, na medida em que tu retiras as coisas do lugar, surgem outras antes não vistas. São percalços que requerem ajustes, e o pessoal acaba levando anos no trabalho, que é hipercuidadoso — explica o engenheiro Paulo da Luz, especialista em restauro.
Em abril, a biblioteca faz 141 anos e serão anunciados o anexo, a abertura de parte do prédio da Riachuelo e o começo da terceira etapa do restauro.

Conclusão estava prevista para o final de 2011, porém biblioteca deve ser reaberta parcialmente em 14 de abril


Mais que uma biblioteca- A Biblioteca Pública do Estado, criada em 1871, tem acervo de alto valor e um prédio tombado pelo patrimônio histórico estadual e federal, que passa por obras de restauro há três anos.
- Hoje, ela funciona, provisoriamente, na Casa de Cultura Mario Quintana.
- Há, na biblioteca, uma coleção de 240 mil volumes que representam o mais importante conjunto bibliográfico de salvaguarda da memória gaúcha e brasileira.
- Entre as raridades, há edições de La Divina Comedia, de Dante Alighieri, em edição de 1921 restrita a mil exemplares, Os Lusíadas, de Camões (edição de 1839), e manuscritos de João Simões Lopes Neto.
- Entre os ambientes mais valiosos do prédio histórico, destacam-se: o Salão Mourisco, o Salão Egípcio e a Sala Borges de Medeiros. No caso do Salão Egípcio, as paredes são revestidas por pinturas murais.
- Com o decorrer do tempo, o prédio passou a apresentar problemas estruturais, como infiltração no telhado e no subsolo, bem como desgaste e cupim nos assoalhos de madeira dos três andares.
- Pequena parte das obras de restauração foi realizada pelo programa Monumenta e concluída em 2008, a R$ 465 mil. Foi recuperado o elevador, parado havia mais de 20 anos, e contida parte da infiltração.
- Na segunda etapa de restauro, finalizada em dezembro de 2011, foram captados, com o BNDES, cerca de R$ 2,5 milhões, e restaurados o restante dos entrepisos e pisos de parquê dos três andares, as aberturas e seus ornamentos, a fachada, a tubulação e a climatização do prédio – nos três andares.
- Em 14 de abril, serão removidos tapumes da fachada e liberado o segundo andar para visitação.
- No mesmo dia, será anunciada a terceira etapa do restauro, que contemplará lustres e mobiliário, pinturas murais, elevador para cadeirantes, o jardim interno e demais ornamentos do prédio.

24 fevereiro 2012

Na área: Concurso Secr. de Cultura do Amazonas

Concurso aberto na Secretaria de Cultura do Amazonas conta com 397 vagas e entre elas:

Arqueólogo     2 vagas;
Museólogo      3 vagas;
Antropólogo    1 vaga;
Historiador      1 vaga;
Restaurador     2 vagas;
Bibliotecário    8 vagas.

Leia mais em: http://www.acheconcursos.com.br/edital-concurso/edital-concurso-secretaria-de-cultura-do-amazonas-2012



MARGS restaura arte e história do Rio Grande - Porto Alegre/RS


    A desmontagem, proteção e translado de uma obra de arte histórica com 24 metros quadrados pertencente ao acervo do Museu Histórico Farroupilha de Piratini, exigiu o máximo de técnica, planejamento e logística. Desmontar e identificar as partes de uma moldura de madeira nobre, com entalhes feitos a mão e pesando aproximadamente 70 kg, desmontar a tela do bastidor e proteger a pintura em óleo sobre tela datada de 1925, embalar o conjunto de forma adequada e transportar para Porto Alegre, também exige muitos cuidados. Foi preciso reunir e deslocar para a cidade de Piratini, com a coordenação técnica da especialista em restauração Naida Maria Vieira Corrêa, profissionais do Núcleo de Conservação e Restauro do MARGS, encarregados da execução de sua restauração, estagiários do Curso de Bacharelado em Conservação e Restauração de Bens Móveis da Universidade Federal de Pelotas,  membros da Defender – Defesa Civil do Patrimônio Histórico de Cachoeira do Sul, responsável pela execução do projeto de restauração, além do apoio de funcionários da Prefeitura de Piratini e a contratação de uma empresa especializada nesse tipo de serviço. Toda essa operação foi realizada nos dias 25, 26 e 27 de janeiro e culminou com a chegada ao torreão do MARGS no dia 30 de janeiro de 2012.

Do Palácio Piratini para o Museu
    Em novembro de 1925, o quadro medindo 6m x 4m, foi exposto no saguão do Palácio Piratini para a visitação pública. A pesquisa indica ainda que essa obra estava no Palácio Piratini até 1955, quando em função da contratação de Aldo Locatelli, para a execução de grandes painéis nas dependências do Palácio, foi nomeada uma comissão que decidiu pela transferência das obras de grande porte para o Museu de Piratini. São elas: a obra de Helios, a tela “A Fuga de Anita” de Dakir Parreiras e o “Retrato de Bento Gonçalves” de autor não identificado. A transferência ficou aos cuidados do Secretário de Educação e Cultura, Liberato Salzano Vieira da Cunha, com o aval do Governador Ildo Meneghetti, coincidindo com o primeiro ano da morte de Getúlio Vargas.

O mistério da tela
    De acordo com a ficha de catalogação da gigantesca obra, o nome do autor é Helio Xeelinger e seu título “Alegoria, Sentido e Espírito da Revolução Farroupilha”. No entanto, pesquisas realizadas pela Defender, revelam que o nome correto do autor é Helios Seelinger e o título da obra seria “Do Rio Grande para o Brasil”. A pesquisa indica que a obra teria sido encomendada por Oswaldo Aranha visando representar a formação de um movimento popular e militar que culminou com a Revolução de 1930. A tela tem uma alegoria na parte superior em baixo relevo que representa a inspiração na Revolução Farroupilha. Ainda se procura identificar algumas personalidades da história do Rio Grande do Sul que possivelmente estejam representadas no quadro, segundo referências do autor, são elas: Pedro Vergara, Flores da Cunha, João Neves da Fontoura, Fábio de Barros, Salgado Filho, Jorge Jobim, Francisco Leonardo Truda, Oswaldo Aranha e outros. O mistério fica por conta da mudança do nome do autor e do título da tela.

Uma decisão de governo
    A obra de Helios integra um conjunto de oito obras históricas que receberam a determinação de sua transferência para o Núcleo de Conservação e Restauro do MARGS por decisão do Secretário de Cultura Luiz Antonio de Assis Brasil e do governador Tarso Genro. Essa e mais outras sete telas, foram encontradas em visita a cidade de Piratini no mês de janeiro de 2011, sem as condições adequadas ao seu valor histórico e artístico em razão do início da restauração do prédio do Museu Histórico. Sete telas foram abrigadas na Antiga sede do Governo Farroupilha, a tela de Helios ficou exposta no “hall” da prefeitura. Imediatamente o Secretário Assis Brasil com o apoio do governador, determinou a sua transferência juntamente com duas imagens sacras e a urna usada para receber os votos durante a eleição de Bento Gonçalves para a presidência da República Farroupilha, que chegaram ao MARGS em 16 de maio de 2011.

A restauração
    Os serviços de restauração pelo Núcleo de Conservação e Restauro, estão sendo financiados pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, através do Projeto Restauração de 8 Obras Históricas – Acervo Museu Histórico Farroupilha no valor de R$ 285.283,75, com o patrocínio exclusivo do Banco do Estado do Rio Grande do Sul. Fazem parte da equipe técnica responsável, além da coordenadora Naida, Loreni Pereira de Paula, Fernanda Tartler Matschinske, Lucimar Ines Predebon e os estagiários da Universidade Federal de Pelotas, Flavia Silva Faro, Claudia Lacerda, Fabiana Alphonsin e Pablo Campos Lopez. A previsão de conclusão é outubro deste ano, dependendo ainda, de um projeto complementar visto que os orçamentos são de 2008. Estão previstos nesse projeto uma exposição das obras restauradas, aberta ao público além, do lançamento de uma publicação com todo o processo utilizado.

Lista das obras
Do Rio Grande para o Brasil (1925) de Helios Seelinger
Fuga de Anita Garibaldi a cavalo (1917, 1918) de Dakir Parreiras
Sem titulo – representa Bento Gonçalves em navio (1915) de Antônio Parreiras
Sem titulo – representa Bento Gonçalves a cavalo (1879) de Guilherme Litran
Retrato de Bento Gonçalves (final do século XIX) de Guilherme Litran
Retrato de Bento Gonçalves (s/data) Autor desconhecido
Retrato de Domingos José de Almeida (s/data) Autor desconhecido
Retrato de Manoel Lucas de Oliveira (s/data) Autor desconhecido 

Rethalhado de: Defender (http://www.defender.org.br/)

10 janeiro 2012

Patrimoni en imatges - Pelotas/RS

BIBLIOTECA PÚBLICA DE PELOTAS - Fundada em 1875 pelo jornalista Antônio Joaquim Dias, projetada pelo arquiteto italiano Jose Izella Merotte Bibliotheca Pública Pelotense ainda com um andar.


RESENHA: CONSERVANDO PREVIAMENTE PARA GARANTIR UM FUTURO PATRIMONIAL

FRONER, YACY-ARA; CRUZ SOUZA, LUIZ ANTÔNIO. Tópicos em Conservação Preventiva-3 - Preservação de bens patrimoniais: Conceitos e critérios. Belo horizonte: Escola de belas artes − UFMG, 2008.


      Para que nossos bens culturais não desapareçam e para também garantir a eles uma boa condição de sobrevivência com uma longa vida é que surgiu a conservação preventiva, nada mais que a adoção de medidas que visam com antecedência controlar a deterioração do nosso patrimônio assim garantindo-lhes melhores condições. Com políticas de preservação e sensibilizando quem tem acessos a esses bens, desde o público em geral passando por funcionários e até mesmo profissionais técnicos da área, é que criaremos uma melhor condição de existência dos nossos bens.
      “Conhecimento é poder!” “O desconhecimento é o maior inimigo de uma instituição que abriga acervos.”  Estas entre outras, são as frases que encontramos no livro de Yacy-Ara Froner e Luiz Antônio Cruz Souza. Tópicos em Conservação Preventiva-3, aborda conceitos e critérios para a proteção de bens culturais, em 21 paginas os autores dividem em 3 tópicos principais como significado, restauração e um enfoque sistemático para a conservação preventiva. Yacy-Ara Froner, especialista em restauração pelo CECOR e em conservação de acervos pelo The Getty Conservation Institute, atua como consultora e pesquisadora na área de conservação preventiva de acervos museológicos. Membro do ICOM, ABRACOR e ANPAP e Atualmente, é professora adjunto da Escola de Belas Artes – UFMG, por onde essa obra foi lançada juntamente com Luiz Antônio Cruz Souza, também professor UFMG do centro de conservação e restauração de bens culturais móveis, com várias pesquisas em andamento entre elas “Conservação Preventiva de Bens Culturais”. Nos introduzindo na obra, os autores nos conscientizam que o ato de preservar não é um simples prazer de cientistas e pessoas cultas. Exposições,  pesquisas e restauro de bens culturais quem paga somos nós mesmos como sociedade e deveríamos ser os primeiros a se beneficiar, ainda nos deixa claro que o fato da preservação está ligada a conceitos de valor, poder político e econômico,  nos alerta sobre a ética que forma os balizadores das ações preservacionistas. As instituições precisam de verbas e para isso devem apresentar projetos que mostrem suas atuações e sua representatividade na sociedade mostrando um motivo para a sua existência, se torna indispensável internamente um plano diretor para vários tipos de ações. O que já podemos notar é que bibliotecas já estão se adaptando a novas mídias e também concentrando esforços na organização de seus acervos com isso deixando aquisições dependerem apenas de verbas externas. Dentro de métodos a serem aplicados na conservação deve se estar atento a quais itens e objetos serão de maior importância e criar critérios para essa avaliação, não podendo nessa hora deixar de atribuir valores a peças do acervo. Ainda os autores avaliam as implicações dos processos de restauração, fazendo-nos pensar se o objeto deve ou não ter uma intervenção propriamente dita ou uma intervenção preventiva, ou seja, por exemplo monitorar a temperatura ou umidade relativa, para isso ter conhecimentos dos processos degenerativos dos materiais se torna importante. Avaliando critérios de conservação preventiva podemos relacionar condições ambientais e físico-químicas, o que a envolve assim ambientes macro, médio e micro, tudo isso visando a salva-guarda dos objetos. Entre conceitos e critérios dessa obra iremos no deparar com itens de procedimento que a restauração demanda, levando em conta que consideramos que restauração é uma ação de conservação, devendo então gerar documentações extensivas, onde nelas estarão contidas todas as informações que podemos obter sobre a obra, que caso não corra podemos condenar o objeto ou descaracterizá-lo, outra etapa seria observar sobre técnicas construtivas e suas morfologias, ou seja, uma análise formal como dimensão, espessura, tipologia etc.  As técnicas construtivas ou de manufatura determinam os problemas que podem afetar objetos, cada acervo possui sua característica e especificidade. Se faz necessária uma análise do estado de conservação e se preciso com a ajuda de testes específicos do material, intervenções anteriores fazem parte da história do objeto e com uma reunião dessas informações podemos indicar mais precisamente uma proposta de intervenção. Conceitos fundamentais se tornam necessários e os autores nos apresentam procedimentos como um diagnóstico de um objeto com registro das intervenções, exigindo de nós uma mínima intervenção com leitura e a possível reversibilidade dessa intervenção, precisamos que aja uma harmonia entre o material do objeto e o material empregado nessa restauração e para isso a interdisciplinaridade que a conservação e o restauro trás consigo é de grande relevância para uma racional atuação. A avaliação de objetos que sofreram tratamentos e intervenções de mesmo tipo é importante, mesmo sabendo que cada caso é um caso, podemos com isso evitar erros já acontecidos e sabemos que novas análises requerem tempo, testes e pesquisas. Por um momento Yacy-ara froner e Luiz Antônio nos desmotiva em se tratando de uma realização de gerenciamento de coleções por motivo de altos custos e de incentivos que nem sempre vem dos órgãos do governo até esbarrarmos na famosa burocracia, mas por outro lado nos estimula por meio de projetos específicos que procuram trazer meios que viabilizem o trabalho de preservação do acervo com planejamentos a longo, médio e curto prazo, tudo isso previsto dentro de um plano diretor da instituição, Uma das questões mais relevantes a serem tratadas e pensadas são os agentes de degradação, faz parte de uma ação preventiva procurar prevenir e controlar esses agentes. O diagnóstico textual é um tipo de processo para a contenção desses degradantes onde se procura uma visão do ambiente e abrange também questões administrativas, estruturais e técnicas, tudo isso para que esses locais possam sanar problemas detectados, sempre levando em consideração as coleções, elaborar uma proposta com pessoas qualificadas e implementa-la dentro de um concreto planejamento, não parando por ai, continuar desenvolvendo relatórios para avaliação e ajustes se necessário com manutenção dessas ações.


Conclusão
A restauração é vista com muito deslumbre e sensação de poder, seja por restauradores ou admiradores da arte, a restauração se torna a propaganda do negócio em um mundo consumista e o ato de restaurar uma obra é vendido como a solução de cessar a degradação e morte de um bem cultural. O ato de colecionar é admirado cada vez mais e com isso mais acervos são criados. Toda a instituição, seja ela particular ou não, que abriga algum tipo de acervo trás consigo grandes responsabilidades ou pelo menos é o que esperamos, e de nada adianta guardar sem ter o mínimo de cuidados. Um caminho mais fácil e talvez mais em conta surge com a conservação, porque restaurar se podemos conservar objetos em seus estados original por mais tempo? Cuidados com o ambiente, o tratamento dos elementos físicos da obra, visando deter ou adiar os processos de deterioração. É isso que os autores desta obra nos trazem, mais que isso nos esclarecem as diretrizes que devemos seguir e como usá-las para uma maior permanência do estado verdadeiro de um bem cultural.


 FÁBIO GONÇALVES ZÜNDLER


 Caderno na integra: http://pt.scribd.com/doc/66558808/caderno3

Projeto corredor arte do hospital escola UFPel/FAU convida:



O Projeto Corredor Arte do Hospital Escola UFPel/FAU convida para a exposição do grupo São José.
 
Período: de 06 a 26 da janeiro de 2012
 
Local: Hospital escola UFPel/FAU  
Rua Prof.Araújo,538 - Pelotas-RS

Visitação: diariamente, das 7h ás 22h.
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