CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO DE BENS CULTURAIS

25 maio 2011

POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO DO PATRIMÔNIO: Conversando sobre Pelotas e Região


       Foi realizada nesta quarta-feira 25 de maio no auditório do MALG em Pelotas palestra com a Bacharel em direito e especialista em direito processual pela Universidade Católica de Pelotas e mestra em memória social e patrimônio cultural pela Universidade Federal de Pelotas Sra. Ivana Morales Peres assistente de promotoria da justiça especializada de Pelotas, palestrou sobre limitações ao direito de propriedade e efeitos na preservação do patrimônio cultural.
       A mestre em patrimônio cultural explanou como se deve agir juridicamente na proteção do bem cultural que trás consigo uma memória para a sociedade, contando exemplos vivênciados por ela frente a assistência da promotoria de justiça. Após a palestra esclareceu questões feitas pelos alunos. O ciclo de POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO DO PATRIMÔNIO é uma realização do Grupo PET Conservação e Restauro, Curso de Conservação e Restauro, Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (MALG) e Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Participe, semana próxima será a vez do palestrante Fábio Cerquera Vergara onde abordará um tema de grande importância Educação Patrimonial na cidade em Pelotas: ações para o patrimônio da cidade.

20 maio 2011

Dicas de site/blog: Monumentos do Rio - RJ

       

       Com objetivo principal de inventariar as obras de arte dos logradouros públicos do município do Rio de Janeiro, Alex Belchior, criou em 2010 o primeiro catálogo eletrônico de monumentos do Rio de Janeiro. Com mais de mil obras catalogadas e é primeiro espaço eletrônico a registrar os monumentos cariocas. Fruto de mais de dois anos de pesquisas e trabalho de campo durante as visitas técnicas como guia de turismo. 
“A história do Brasil, em parte, pode ser escrita pelos monumentos que se encontram na cidade do Rio de Janeiro. Infelizmente, a falta de interesse pelos monumentos em nossa cidade e até em outros municípios é grande. Boa parte da população só conhece os monumentos pelas pichações feitas por vândalos e não pelo seu valor histórico”, lamenta Belchior, que pretende ampliar o trabalho para outros municípios do estado.
       Com sua fonte de inspiração no protótipo da famosa estátua da liberdade, localizada no seu bairro, Vila Kennedy, Bechior a tempos esta na luta pela restauração do monumento que necessita urgente de reparos. E-mails e cartas ao secretario de conservação e o prefeito de nada adiantou, apenas uma promessa de vistoria e até agora nada.

 Conheça esse trabalho de Alex Belchio.
  


Saiba mais sobre o protótipo da estátua da liberdade e seu abandono em:

Valeu!


14 maio 2011

Semana de Museus - Pelotas/RS

       A coordenação dos cursos de Bacharelado em Museologia e o de Conservação e Restauro da UFPel promovem, de 17 a 20 de maio, a Semana de Museus. A sua presença é muito importante. As atividades serão realizadas no auditório do Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (Malg), com exceção da palestra de abertura, marcada para o auditório do Instituto João Simões Lopes Neto (rua Dom Pedro II, 810).

As inscrições podem ser feitas até o dia 17, às 16h, na Secretaria do curso de Museologia.
Veja outras informações no cartaz.


13 maio 2011

Capelas no Sul podem desabar - RS




O Cristo na cruz está solitário no altar, isolado dos santos por uma faixa. Em Pelotas, com a nave central interditada desde 2009, um dos últimos templos construídos por portugueses no Estado ameaça desabar. Na vizinha Rio Grande, outro recanto da fé escapou da demolição, por enquanto.
Nos prédios centenários da Beneficência Portuguesa das duas cidades, as capelas São Pedro e Bom Jesus Crucificado aguardam por salvação.
Locais de súplicas aos santos, as capelas dos hospitais tentam sobreviver. A de Rio Grande encontrou um salvador no Ministério Público. Uma ação cautelar manteve, por enquanto, a estrutura em pé. Fechada há quase 11 anos, a Beneficência Portuguesa teve parte do prédio vendida. Segundo o promotor José Zachia Alan, o novo proprietário teria interesse em demolir a capela. A ação prevê multa de R$ 100 mil caso a decisão seja descumprida.
– Antes de demolir é preciso fazer um estudo para que não se corra o risco de perder um importante patrimônio. Em uma semana queremos concluir essa avaliação – explica o promotor.
Já em Pelotas, o milagre pretendido é o da multiplicação das finanças. Datada do final do século 19, a Capela São Pedro tem importância histórica reconhecida. Falta o dinheiro para recuperar forro, piso e abóbada.
– Aguardamos um orçamento, mas o restauro pode passar de R$ 500 mil. Estamos apreensivos, pois a capela pode desabar a qualquer momento. Vai ser preciso apoio da comunidade – afirma Francisco José Leal Serra, presidente da Beneficência Portuguesa do município.

Os templos
- Capela São Pedro – Pelotas
Precisa de reparos na abóboda, forro e piso. Custo estimado da reforma é de R$ 500 mil
- Capela Bom Jesus Crucificado – Rio Grande
Sua situação está na Justiça. Parte do prédio, onde fica a capela, foi vendido. Segundo o MP, o proprietário teria interesse em demolir. O MP aguarda estudo para atestar o valor histórico da capela

Religiosidade representada
A sacristia da Capela São Pedro virou depósito de imagens, algumas centenárias, oriundas de Portugal.
– As imagens são de uma beleza rara. É uma das capelas mais belas que eu já conheci – assegura o padre Reges Brasil, 62 anos, que morou quatro anos em Roma.
Doutora em história, a professora da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) Larissa Patron Chaves estudou a formação das Sociedades Portuguesas de Beneficência no Estado. Ela reconhece a importância do templo pelotense:
– A capela marca a representação do ideário católico, a religiosidade portuguesa.
Apesar da estrutura condenada, as celebrações continuam, aos sábados, às 17h, em um altar improvisado, em uma das naves laterais da capela.
– Os fiéis não desistem. A capela precisa ser recuperada – diz o padre Severino Frizzo.

11 maio 2011

Sobre a carta patrimonial de Brasília - Julho 2010

     
 

Em 25 de julho de 2010, ocorreu a 34° sessão do comitê do patrimônio mundial em Brasília e em paralelo com este evento foi realizado o 1° fórum juvenil do patrimônio mundial. Com 46 jovens entre 18 e 24 anos de diferentes países, traziam consigo diversas realidades e um interesse em comum: O patrimônio.
     Com o intuíto de preservar o patrimônio atual e o que está se perdendo, através desse documento esses jovens mostraram seus interesses em salvaguardá-los. Com a finalidade de conseguir um espaço de ação e reflexão dos temas voltados ao patrimônio cultural e natural, fomentando as políticas de salvaguarda do patrimônio para que as discussões sejam permanentes e com amplo alcance e que se construa uma rede regional de educação patrimonial e de promoção do patrimônio cultural.
     Esse encontro objetivou oportunizar aos jovens um processo de desenvolvimento das habilidades e capacidades e que lhes permitissem identificar e realizar suas responsabilidades, sejam elas individuais ou coletivas na preservação e valorização do patrimonio cultural como um todo.
     Ainda podemos perceber uma idéia de que o indivíduo é o sujeito principal para valorização do patrimônio, este como formador de identidade, com participação ativa, desenvolvido junto a comunidade, também apoia um turismo responsável de caráter educativo, afim de divulgar e propagar a educação patrimonial e a inclusão social, visto que são os fatores que mais acrescentam para a preservação, visa a elaboração de um trabalho onde a comunidade deve se ver refletida, colocada como parte do contexto histórico, para que assim possa valorizá-lo .
     As propostas da carta no entanto refletem a modernidade, a adequação de leis patrimoniais a fatores atuais e a situação que se julga necessário no momento, como a participação ativa dos jovens no comitê do patrimônio mundial da UNESCO; a educação patrimonial nas escolas, desde o nível básico, agregando valores sociais e educativos que serão refletidos no futuro; respeito ao patrimônio, como seu acesso e usufruto; inclusão social, o patrimônio visto como de todos; a identificação e registro de todo tipo de patrimônio material e imaterial, para que não se perca nada que possa ser explicação e estudo a formação de identidade; a comunidade participando da gestão do bem, tornando-se assim mais próxima desse valor; para que um patrimônio seja considerado da humanidade para a UNESCO , exija-se uma educação patrimonial e inclusão social do mesmo; fortalecimento da rede juvenil, mediante ao apoio da UNESCO com ações efetivas.
     Esse jovens ratificaram alguns pontos essenciais com suas considerações e através disso reinvindicaram suas idéias e objetivos e ainda por fim firmaram um compromisso com a sociedade de cuidar e divulgar nosso patrimônio, também chamando a responsabilidade das autoridades no assunto.


10 maio 2011

Entrevista com a aluna do curso conservação e restauro Mara Lúcia da UFPel - Pelotas/RS

O blog entrevistou a aluna Mara Lúcia de Vasconcelos, que foi contemplada com a bolsa Luso-brasileira Santander Universidades, com isso ela teve a oportunidade de cursar um semestre de conservação e restauro na Universidade Católica Portuguesa, na cidade do Porto em Portugal. Mara nos falou um pouco de sua experiência adquirida no pais, no qual ela mesma diz, ser uma das referências mundiais nas áreas de conservação e restauro e Patrimônio Cultural. Confira!

Blog – Como você conseguiu o intercâmbio para a universidade em Portugal?
Mara – Consegui o intercâmbio através de um processo seletivo organizado pelo Departamento de Intercâmbio e Programas Internacionais da UFPel (DIPI) para preencher as vagas oferecidas pelo Programa de Bolsas Luso-Brasileiras Santander Universidades. Escolhi como destino a Universidade Católica Portuguesa, na cidade do Porto, e após as etapas de análise do currículo, plano de estudos e carta de intenções e da entrevista, fui então selecionada.

Blog – Quais foram às áreas da conservação e restauro estudadas em que você mais aprofundou ou direcionou seus estudos nesta experiência? Como foi a receptividade da instituição?
Mara – A área na qual mais me aprofundei foi a dos materiais orgânicos, mais especificamente madeira. Além de cursar disciplinas relativas a este material, como História das Artes da Madeira – Talha e Conservação e Restauro de Mobiliário, tive a oportunidade de acompanhar uma professora da área diariamente na oficina do curso. O convite feito pela professora e a disponibilidade em ensinar exemplificam bem o tratamento que recebi na UCP. Todos, colegas e docentes, me receberam muito bem e com certeza tornaram esta experiência ainda melhor.

Blog – De que forma este intercâmbio contribuiu para a tua formação?
Mara – A oportunidade de estudar fora do país contribui de forma muito positiva para a formação acadêmica, profissional e pessoal. O intercâmbio foi de extrema importância para a consolidação de conhecimentos e enriquecimento do currículo. O contato com as diferentes disciplinas, projetos, professores e autores trouxe qualificação diferenciada para minhas atividades acadêmicas e profissionais.
“Em relação ao ensino, acho que estamos muito bem, pois não tive nenhuma dificuldade de acompanhar as aulas e os conteúdos, e me senti bem preparada em todos os momentos.”
Blog – No teu ponto de vista, qual a importância para o nosso curso de conservação e restauro ter uma relação com o curso de Portugal?
Mara – Acho que, para qualquer instituição de ensino, a troca de informações com outras instituições é sempre muito proveitosa, e deve ser estimulada. Portugal é uma das referências mundiais nas áreas de Conservação e Restauro e Patrimônio Cultural, e essa qualidade se reflete nas instituições de ensino e nos respectivos cursos. Manter uma relação com o curso da UCP de Portugal é extremamente interessante para o nosso curso, pois possibilita o intercâmbio de informações e a realização de projetos em parceria.

Blog – Você percebe diferença na visão que tem Portugal sobre a conservação e o restauro, em relação ao Brasil?
Mara – Ao contrário do Brasil, Portugal já possui tradição na área. Existe um mercado de trabalho estabelecido, muitas empresas especializadas em Conservação e Restauro, ou seja, existe a profissionalização, da qual muitas vezes sentimos falta no Brasil. A própria postura dos alunos dentro da universidade já é muito profissional.

Blog – Quais foram às diferenças mais marcantes entre a UFPEL e a universidade que você fez seu intercâmbio?
Mara – Acho que a diferença mais marcante é relativa à infraestrutura, não somente pelo fato da universidade de destino se tratar de uma instituição privada, mas também pelas diferenças gerais entre universidades portuguesas e brasileiras. No caso específico da UCP, o curso da Conservação e Restauro possui salas e equipamentos muito próximos do ideal, e um prédio que foi construído com a finalidade de abrigar o curso. Ainda assim, em relação ao ensino, acho que estamos muito bem, pois não tive nenhuma dificuldade de acompanhar as aulas e os conteúdos, e me senti bem preparada em todos os momentos.

Blog – Você pretende voltar a Europa para continuar seus estudos?
Mara – O intercâmbio foi também uma maneira de estabelecer contatos relativos à pós-graduação. Pude acompanhar uma aula do Mestrado em Conservação de Bens Culturais da UCP, a convite de um professor, e assim já me aproximar um pouco deste projeto.

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