O Solar da Baronesa foi construído em 1863, na mesma
época em que Pelotas viveu o apogeu das charqueadas. Baseada em trabalho
escravo, a indústria do charque se desenvolveu às margens do Arroio
Pelotas e do Canal São Gonçalo, tornando a cidade importante para a
economia do Rio Grande do Sul. As famílias dos senhores do charque
desfrutaram da riqueza que a indústria proporcionou, vivendo em luxuosos
casarões e investindo na modernização da cidade.
Os
filhos dos charqueadores, influenciados pela cultura européia,
estudaram e difundiram a ciência, as artes e as letras. Foi nessa época
que Pelotas atingiu também o apogeu cultural, representado pela
urbanização e arquitetura da cidade, eventos e doces artesanais.
Annibal
e e Amélia Hartley Antunes Maciel, Barões dos Três Serros,
estabeleceram-se na Chácara da Baronesa após seu casamento em 1864,
sendo a primeira das três gerações a habitar a casa.
O
Barão pecuarista, recebeu seu título do Imperador Dom Pedro II, em
reconhecimento à sua participação no ato que emancipou os escravos de
Pelotas em 1884. A Baronesa era carioca, e costumava passar os invernos
com sua família no Rio de Janeiro, para onde todos os membros se
transferiram aos poucos após a morte do Barão.
Amélia
Annibal Hartley Antunes Maciel, filha dos barões, permaneceu na casa
com sua família e a última moradora do solar foi sua filha Déa Antunes
Maciel, neta dos barões. Em 1979, a casa foi entregue pela família à
cidade de Pelotas.
Após a restauração do parque e
do solar, o Museu foi inaugurado em 25 de abril de 1982 e, em 1985, foi
tombado como patrimônio histórico municipal.
Fonte: Prefeitura Municipal de Pelotas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário