O autor concentra seu discurso no objeto artístico.
Alerta-nos da dificuldade que existe para definição do que seria arte,
pela complexidade em si. Apesar disso, da dificuldade para conceituação,
ressalta que sabemos perfeitamente como nos comportar diante dela, pois
estamos submetidos a instituições que rotulam as obra e as classificam
dentro de uma ordem de importância. As instituições (museus, galerias,
historiadores, críticos, etc...) apesar de fortes, são inconstantes e
contraditórias nessa formulação. Tentam, sem êxito, uma formalização
sistemática e eficiente, ancorados no conceito de estilo. Com base nessa
dificuldade, o autor ressalta as características das obras, impregnadas
de elementos ilógicos que as tornam inclassificáveis. Cita Wolfflin,
Dórs e Focillon. Faz uma reflexão sobre as propostas de classificação
desses historiadores, que vai do conceito estático e agrupados à
independência total da obra em relação a história, passando pelos
métodos iconográficos e sociológicos. Nos coloca que as obras não são
absolutamente culturais ou materiais, elas vivem e se modificam, é
prazer associado a razão, não explica mas nos faz sentir, é engajada e
subversiva, é reação do complexo cultural que existe dentro de nós
diante do complexo cultural que está fora. Afirma que sua função é
social, econômica, gratuita enquanto fenômeno cultural, que é triste
enquanto bem de consumo da selvageria capitalista, triste porém
necessária para sua própria sobrevivência. Encerra o discurso
dissertando sobre o difícil acesso das pessoas à arte, ocasionado por
interesses ou falta de interesse das minorias dominantes. Mas que,
apesar de todas essas dificuldades, Arte é ponto de encontro de todos os
povos, arte é comunhão.
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