CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO DE BENS CULTURAIS

Mostrando postagens com marcador Curso de conservação e restauro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Curso de conservação e restauro. Mostrar todas as postagens

15 abril 2012

2° Semana acadêmica UFPel


28 fevereiro 2012

Restauração da Biblioteca Pública do RS deve terminar em 2013

 A restauração da Biblioteca Pública do Rio Grande do Sul, cuja conclusão estava prevista para o final de 2011, deve ocorrer apenas na metade de 2013. 
Essa é a notícia ruim. A boa é que a biblioteca, na Rua Riachuelo, centro da Capital, deve ser reaberta parcialmente em 14 de abril e ganhar um anexo, no primeiro semestre. 
A diretora da biblioteca, Morgana Malcon, alega que os percalços da restauração delicada de um prédio abandonado, os imprevistos e o rigor dos trabalhos justificam o atraso:

— A gente achava que iria executar até o fim de 2011, que teria captado os recursos e que não haveria tantos imprevistos. O trabalho foi mais lento. Não havia limite de prazo no contrato.
Para exemplificar o abandono, Morgana conta que, certa vez, o guarda do prédio ouviu o que pareciam vozes vindas de uma sala. Seria a comprovação de que a Biblioteca, de 1871, era mal-assombrada. 
O vigia se aproximava do local de onde vinha o som. A origem era o busto do escritor Manoelito de Ornellas. Titubeante, o vigia fitava o busto, ouvia o som e se aproximava. Enchendo-se de coragem, levantou-o. Do interior da peça, voejou um morcego que fizera dela moradia.

— Era muito abandono. Surgiu uma obra de arte original inesperada, sob sete mãos de pintura. O vidro verde com relevo foi encontrado depois de três meses, na cor branca. Levamos um tempão para pigmentá-lo. A madeira que precisávamos, achamos em Mato Grosso — desfia ela.
Nos anos 50, o pintor Ado Malagoli, influenciado pelas tendências da época, passou tinta azul sobre a pintura original, com desenhos em cores. O argumento: a riqueza da pintura atrapalhava a leitura dos frequentadores, tirando-lhes a concentração. Há casos mais prosaicos. 
Um afresco na Sala do Egito demorou a ser restaurado porque a caixa de água do prédio vizinho provocava umidade na parede. Custou para o condomínio fazer a obra que permitiu o começo da recuperação.

— Um restauro desses é complexo. Durante o trabalho, na medida em que tu retiras as coisas do lugar, surgem outras antes não vistas. São percalços que requerem ajustes, e o pessoal acaba levando anos no trabalho, que é hipercuidadoso — explica o engenheiro Paulo da Luz, especialista em restauro.
Em abril, a biblioteca faz 141 anos e serão anunciados o anexo, a abertura de parte do prédio da Riachuelo e o começo da terceira etapa do restauro.

Conclusão estava prevista para o final de 2011, porém biblioteca deve ser reaberta parcialmente em 14 de abril


Mais que uma biblioteca- A Biblioteca Pública do Estado, criada em 1871, tem acervo de alto valor e um prédio tombado pelo patrimônio histórico estadual e federal, que passa por obras de restauro há três anos.
- Hoje, ela funciona, provisoriamente, na Casa de Cultura Mario Quintana.
- Há, na biblioteca, uma coleção de 240 mil volumes que representam o mais importante conjunto bibliográfico de salvaguarda da memória gaúcha e brasileira.
- Entre as raridades, há edições de La Divina Comedia, de Dante Alighieri, em edição de 1921 restrita a mil exemplares, Os Lusíadas, de Camões (edição de 1839), e manuscritos de João Simões Lopes Neto.
- Entre os ambientes mais valiosos do prédio histórico, destacam-se: o Salão Mourisco, o Salão Egípcio e a Sala Borges de Medeiros. No caso do Salão Egípcio, as paredes são revestidas por pinturas murais.
- Com o decorrer do tempo, o prédio passou a apresentar problemas estruturais, como infiltração no telhado e no subsolo, bem como desgaste e cupim nos assoalhos de madeira dos três andares.
- Pequena parte das obras de restauração foi realizada pelo programa Monumenta e concluída em 2008, a R$ 465 mil. Foi recuperado o elevador, parado havia mais de 20 anos, e contida parte da infiltração.
- Na segunda etapa de restauro, finalizada em dezembro de 2011, foram captados, com o BNDES, cerca de R$ 2,5 milhões, e restaurados o restante dos entrepisos e pisos de parquê dos três andares, as aberturas e seus ornamentos, a fachada, a tubulação e a climatização do prédio – nos três andares.
- Em 14 de abril, serão removidos tapumes da fachada e liberado o segundo andar para visitação.
- No mesmo dia, será anunciada a terceira etapa do restauro, que contemplará lustres e mobiliário, pinturas murais, elevador para cadeirantes, o jardim interno e demais ornamentos do prédio.

24 fevereiro 2012

MARGS restaura arte e história do Rio Grande - Porto Alegre/RS


    A desmontagem, proteção e translado de uma obra de arte histórica com 24 metros quadrados pertencente ao acervo do Museu Histórico Farroupilha de Piratini, exigiu o máximo de técnica, planejamento e logística. Desmontar e identificar as partes de uma moldura de madeira nobre, com entalhes feitos a mão e pesando aproximadamente 70 kg, desmontar a tela do bastidor e proteger a pintura em óleo sobre tela datada de 1925, embalar o conjunto de forma adequada e transportar para Porto Alegre, também exige muitos cuidados. Foi preciso reunir e deslocar para a cidade de Piratini, com a coordenação técnica da especialista em restauração Naida Maria Vieira Corrêa, profissionais do Núcleo de Conservação e Restauro do MARGS, encarregados da execução de sua restauração, estagiários do Curso de Bacharelado em Conservação e Restauração de Bens Móveis da Universidade Federal de Pelotas,  membros da Defender – Defesa Civil do Patrimônio Histórico de Cachoeira do Sul, responsável pela execução do projeto de restauração, além do apoio de funcionários da Prefeitura de Piratini e a contratação de uma empresa especializada nesse tipo de serviço. Toda essa operação foi realizada nos dias 25, 26 e 27 de janeiro e culminou com a chegada ao torreão do MARGS no dia 30 de janeiro de 2012.

Do Palácio Piratini para o Museu
    Em novembro de 1925, o quadro medindo 6m x 4m, foi exposto no saguão do Palácio Piratini para a visitação pública. A pesquisa indica ainda que essa obra estava no Palácio Piratini até 1955, quando em função da contratação de Aldo Locatelli, para a execução de grandes painéis nas dependências do Palácio, foi nomeada uma comissão que decidiu pela transferência das obras de grande porte para o Museu de Piratini. São elas: a obra de Helios, a tela “A Fuga de Anita” de Dakir Parreiras e o “Retrato de Bento Gonçalves” de autor não identificado. A transferência ficou aos cuidados do Secretário de Educação e Cultura, Liberato Salzano Vieira da Cunha, com o aval do Governador Ildo Meneghetti, coincidindo com o primeiro ano da morte de Getúlio Vargas.

O mistério da tela
    De acordo com a ficha de catalogação da gigantesca obra, o nome do autor é Helio Xeelinger e seu título “Alegoria, Sentido e Espírito da Revolução Farroupilha”. No entanto, pesquisas realizadas pela Defender, revelam que o nome correto do autor é Helios Seelinger e o título da obra seria “Do Rio Grande para o Brasil”. A pesquisa indica que a obra teria sido encomendada por Oswaldo Aranha visando representar a formação de um movimento popular e militar que culminou com a Revolução de 1930. A tela tem uma alegoria na parte superior em baixo relevo que representa a inspiração na Revolução Farroupilha. Ainda se procura identificar algumas personalidades da história do Rio Grande do Sul que possivelmente estejam representadas no quadro, segundo referências do autor, são elas: Pedro Vergara, Flores da Cunha, João Neves da Fontoura, Fábio de Barros, Salgado Filho, Jorge Jobim, Francisco Leonardo Truda, Oswaldo Aranha e outros. O mistério fica por conta da mudança do nome do autor e do título da tela.

Uma decisão de governo
    A obra de Helios integra um conjunto de oito obras históricas que receberam a determinação de sua transferência para o Núcleo de Conservação e Restauro do MARGS por decisão do Secretário de Cultura Luiz Antonio de Assis Brasil e do governador Tarso Genro. Essa e mais outras sete telas, foram encontradas em visita a cidade de Piratini no mês de janeiro de 2011, sem as condições adequadas ao seu valor histórico e artístico em razão do início da restauração do prédio do Museu Histórico. Sete telas foram abrigadas na Antiga sede do Governo Farroupilha, a tela de Helios ficou exposta no “hall” da prefeitura. Imediatamente o Secretário Assis Brasil com o apoio do governador, determinou a sua transferência juntamente com duas imagens sacras e a urna usada para receber os votos durante a eleição de Bento Gonçalves para a presidência da República Farroupilha, que chegaram ao MARGS em 16 de maio de 2011.

A restauração
    Os serviços de restauração pelo Núcleo de Conservação e Restauro, estão sendo financiados pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, através do Projeto Restauração de 8 Obras Históricas – Acervo Museu Histórico Farroupilha no valor de R$ 285.283,75, com o patrocínio exclusivo do Banco do Estado do Rio Grande do Sul. Fazem parte da equipe técnica responsável, além da coordenadora Naida, Loreni Pereira de Paula, Fernanda Tartler Matschinske, Lucimar Ines Predebon e os estagiários da Universidade Federal de Pelotas, Flavia Silva Faro, Claudia Lacerda, Fabiana Alphonsin e Pablo Campos Lopez. A previsão de conclusão é outubro deste ano, dependendo ainda, de um projeto complementar visto que os orçamentos são de 2008. Estão previstos nesse projeto uma exposição das obras restauradas, aberta ao público além, do lançamento de uma publicação com todo o processo utilizado.

Lista das obras
Do Rio Grande para o Brasil (1925) de Helios Seelinger
Fuga de Anita Garibaldi a cavalo (1917, 1918) de Dakir Parreiras
Sem titulo – representa Bento Gonçalves em navio (1915) de Antônio Parreiras
Sem titulo – representa Bento Gonçalves a cavalo (1879) de Guilherme Litran
Retrato de Bento Gonçalves (final do século XIX) de Guilherme Litran
Retrato de Bento Gonçalves (s/data) Autor desconhecido
Retrato de Domingos José de Almeida (s/data) Autor desconhecido
Retrato de Manoel Lucas de Oliveira (s/data) Autor desconhecido 

Rethalhado de: Defender (http://www.defender.org.br/)

10 janeiro 2012

RESENHA: CONSERVANDO PREVIAMENTE PARA GARANTIR UM FUTURO PATRIMONIAL

FRONER, YACY-ARA; CRUZ SOUZA, LUIZ ANTÔNIO. Tópicos em Conservação Preventiva-3 - Preservação de bens patrimoniais: Conceitos e critérios. Belo horizonte: Escola de belas artes − UFMG, 2008.


      Para que nossos bens culturais não desapareçam e para também garantir a eles uma boa condição de sobrevivência com uma longa vida é que surgiu a conservação preventiva, nada mais que a adoção de medidas que visam com antecedência controlar a deterioração do nosso patrimônio assim garantindo-lhes melhores condições. Com políticas de preservação e sensibilizando quem tem acessos a esses bens, desde o público em geral passando por funcionários e até mesmo profissionais técnicos da área, é que criaremos uma melhor condição de existência dos nossos bens.
      “Conhecimento é poder!” “O desconhecimento é o maior inimigo de uma instituição que abriga acervos.”  Estas entre outras, são as frases que encontramos no livro de Yacy-Ara Froner e Luiz Antônio Cruz Souza. Tópicos em Conservação Preventiva-3, aborda conceitos e critérios para a proteção de bens culturais, em 21 paginas os autores dividem em 3 tópicos principais como significado, restauração e um enfoque sistemático para a conservação preventiva. Yacy-Ara Froner, especialista em restauração pelo CECOR e em conservação de acervos pelo The Getty Conservation Institute, atua como consultora e pesquisadora na área de conservação preventiva de acervos museológicos. Membro do ICOM, ABRACOR e ANPAP e Atualmente, é professora adjunto da Escola de Belas Artes – UFMG, por onde essa obra foi lançada juntamente com Luiz Antônio Cruz Souza, também professor UFMG do centro de conservação e restauração de bens culturais móveis, com várias pesquisas em andamento entre elas “Conservação Preventiva de Bens Culturais”. Nos introduzindo na obra, os autores nos conscientizam que o ato de preservar não é um simples prazer de cientistas e pessoas cultas. Exposições,  pesquisas e restauro de bens culturais quem paga somos nós mesmos como sociedade e deveríamos ser os primeiros a se beneficiar, ainda nos deixa claro que o fato da preservação está ligada a conceitos de valor, poder político e econômico,  nos alerta sobre a ética que forma os balizadores das ações preservacionistas. As instituições precisam de verbas e para isso devem apresentar projetos que mostrem suas atuações e sua representatividade na sociedade mostrando um motivo para a sua existência, se torna indispensável internamente um plano diretor para vários tipos de ações. O que já podemos notar é que bibliotecas já estão se adaptando a novas mídias e também concentrando esforços na organização de seus acervos com isso deixando aquisições dependerem apenas de verbas externas. Dentro de métodos a serem aplicados na conservação deve se estar atento a quais itens e objetos serão de maior importância e criar critérios para essa avaliação, não podendo nessa hora deixar de atribuir valores a peças do acervo. Ainda os autores avaliam as implicações dos processos de restauração, fazendo-nos pensar se o objeto deve ou não ter uma intervenção propriamente dita ou uma intervenção preventiva, ou seja, por exemplo monitorar a temperatura ou umidade relativa, para isso ter conhecimentos dos processos degenerativos dos materiais se torna importante. Avaliando critérios de conservação preventiva podemos relacionar condições ambientais e físico-químicas, o que a envolve assim ambientes macro, médio e micro, tudo isso visando a salva-guarda dos objetos. Entre conceitos e critérios dessa obra iremos no deparar com itens de procedimento que a restauração demanda, levando em conta que consideramos que restauração é uma ação de conservação, devendo então gerar documentações extensivas, onde nelas estarão contidas todas as informações que podemos obter sobre a obra, que caso não corra podemos condenar o objeto ou descaracterizá-lo, outra etapa seria observar sobre técnicas construtivas e suas morfologias, ou seja, uma análise formal como dimensão, espessura, tipologia etc.  As técnicas construtivas ou de manufatura determinam os problemas que podem afetar objetos, cada acervo possui sua característica e especificidade. Se faz necessária uma análise do estado de conservação e se preciso com a ajuda de testes específicos do material, intervenções anteriores fazem parte da história do objeto e com uma reunião dessas informações podemos indicar mais precisamente uma proposta de intervenção. Conceitos fundamentais se tornam necessários e os autores nos apresentam procedimentos como um diagnóstico de um objeto com registro das intervenções, exigindo de nós uma mínima intervenção com leitura e a possível reversibilidade dessa intervenção, precisamos que aja uma harmonia entre o material do objeto e o material empregado nessa restauração e para isso a interdisciplinaridade que a conservação e o restauro trás consigo é de grande relevância para uma racional atuação. A avaliação de objetos que sofreram tratamentos e intervenções de mesmo tipo é importante, mesmo sabendo que cada caso é um caso, podemos com isso evitar erros já acontecidos e sabemos que novas análises requerem tempo, testes e pesquisas. Por um momento Yacy-ara froner e Luiz Antônio nos desmotiva em se tratando de uma realização de gerenciamento de coleções por motivo de altos custos e de incentivos que nem sempre vem dos órgãos do governo até esbarrarmos na famosa burocracia, mas por outro lado nos estimula por meio de projetos específicos que procuram trazer meios que viabilizem o trabalho de preservação do acervo com planejamentos a longo, médio e curto prazo, tudo isso previsto dentro de um plano diretor da instituição, Uma das questões mais relevantes a serem tratadas e pensadas são os agentes de degradação, faz parte de uma ação preventiva procurar prevenir e controlar esses agentes. O diagnóstico textual é um tipo de processo para a contenção desses degradantes onde se procura uma visão do ambiente e abrange também questões administrativas, estruturais e técnicas, tudo isso para que esses locais possam sanar problemas detectados, sempre levando em consideração as coleções, elaborar uma proposta com pessoas qualificadas e implementa-la dentro de um concreto planejamento, não parando por ai, continuar desenvolvendo relatórios para avaliação e ajustes se necessário com manutenção dessas ações.


Conclusão
A restauração é vista com muito deslumbre e sensação de poder, seja por restauradores ou admiradores da arte, a restauração se torna a propaganda do negócio em um mundo consumista e o ato de restaurar uma obra é vendido como a solução de cessar a degradação e morte de um bem cultural. O ato de colecionar é admirado cada vez mais e com isso mais acervos são criados. Toda a instituição, seja ela particular ou não, que abriga algum tipo de acervo trás consigo grandes responsabilidades ou pelo menos é o que esperamos, e de nada adianta guardar sem ter o mínimo de cuidados. Um caminho mais fácil e talvez mais em conta surge com a conservação, porque restaurar se podemos conservar objetos em seus estados original por mais tempo? Cuidados com o ambiente, o tratamento dos elementos físicos da obra, visando deter ou adiar os processos de deterioração. É isso que os autores desta obra nos trazem, mais que isso nos esclarecem as diretrizes que devemos seguir e como usá-las para uma maior permanência do estado verdadeiro de um bem cultural.


 FÁBIO GONÇALVES ZÜNDLER


 Caderno na integra: http://pt.scribd.com/doc/66558808/caderno3

01 dezembro 2011

Arqueologia da UFPel no Casarão 8 - Pelotas/RS

     No dia 25 de novembro, o professor de arqueologia da UFPel, Pedro Sanches, fez uma visita ao Casarão 8 com o objetivo de retirar alguns artefatos encontrados pelos funcionários que trabalham na obra. As peças que não fazem parte da construção são vestígios arqueológicos, como pedaços de louças, vidros e madeiras torneadas que testemunham o cotidiano das pessoas que viveram no casarão e no seu entorno.
    O pedido para retirada das peças foi aprovado pelo diretor responsável pela Reserva Técnica que abriga o acervo do Casarão 8, na UFPel, e será inventariado e acervado. Antes disso, elas passarão por procedimentos de conservação nos laboratórios do curso de Conservação e Restauro e, no futuro, retornarão ao casarão como peças das exposições de longa e curta duração do Museu Arqueológico, que será ali implantado.
Além de professor de arqueologia nos cursos de Museologia e Conservação e Restauro, Pedro Sanches preside a comissão para implantação do Museu de Antropologia e Arqueologia de Pelotas nas dependências do Casarão 8.

por Ana Luisa F. Bezerra
 

06 outubro 2011

Dicas de site/blog: Site sobre o tema “fotografia e trabalho” é disponibilizado pela UFPEL - Pelotas/RS

     Está disponível online o portal Fotografia e Trabalho RS, etapa do projeto de pesquisa "As funções e os sentidos do registro fotográfico" sobre o trabalho durante o século XX no Rio Grande do Sul, apoiado no Edital CNPq Nº 14/2010 – UNIVERSAL, lotado no Departamento de Museologia, Conservação e Restauro do Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Pelotas, coordenado pela Profª Francisca Ferreira Michelon e que constitui uma proposta de investigação sobre os acervos residentes em instituições do Rio Grande do Sul, já sistematizados ou em fase de sistematização, que apresentam o tema Trabalho como um dos indexadores dos documentos visuais. 
         A proposta originou-se do acervo de três instituições: do Arquivo Fotográfico Memória da Universidade Federal de Pelotas; do Memorial da Sociedade de Ginástica Porto Alegre – SOGIPA e do Museu da Comunicação Hipólito José da Costa. Mais informações estão disponíveis no site do projeto http://www.ufpel.edu.br/ich/fotografiaetrabalho 
    As análises de alguns resultados do projeto estarão sendo apresentadas pela coordenadora nas XIII Jornadas Internacionales del Patrimonio Industrial: Patrimonio Inmaterial e intangible de la industria, em Gijón, Asturias, Espanha, no dia 29 próximo. Este, como os demais trabalhos selecionados para o evento, será publicado em um livro, dentro da Coleção “Los Ojos de la Memoria”, volume 12. 


01 setembro 2011

Patrimoni en imatges - Pelotas/RS




(Acima) Escola de belas artes (EBA) em 1963.(A esquerda) O atual prédio da faculdade de Museologia e Conservação e Restauro - UFPel - Pelotas/RS
Fonte: Coleção EBA/Arquivo Fotográfico Memória da UFPEL.

16 agosto 2011

Pesquisa da UFPel resgata memória das Carruagens fúnebres em Pelotas/RS

    Terra dos charqueadores, da cultura e dos casarões. Pelotas. Princesa do Sul. Cidade que agora resgata o passado com a restauração dos prédios históricos. As carruagens fúnebres também são parte importante deste processo. Até a década de 70, do século 20, estes carros, ricos em adornos, ainda faziam o cortejo dos mortos até o campo santo.
    A história da arte funerária de Pelotas não está apenas nos cemitérios e nas marmorarias, também pode ser encontrada nestas carruagens ou antigos carros fúnebres, um branco e outro preto, que eram utilizadas pelas famílias mais abastadas da cidade para o cortejo até o cemitério São Francisco de Paula, onde seriam sepultados os seus mortos.
   Com a finalidade de resgatar a memória das carruagens fúnebres e parte da história da sociedade pelotense, a formanda do curso de Bacharelado em Conservação e Restauro de Bens Culturais Móveis, do Instituto de Ciências Humanas, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Luciane dos Santos Machado, desenvolve o trabalho de conclusão de curso sobre o tema A presença de iconografia maçônica nos ornatos das carruagens fúnebres de Pelotas, com a orientação da professora Luíza Fabiana Neitzke de Carvalho.
Saiba mais sobre o trabalho de Luciane, o projeto de Restauro de Peças do Acervo Sacro do Museu da Baronesa e muito mais, na matéria especial completa que está na edição impressa do Diário Popular desta terça-feira (16/8/2011).

Por: Jussara Lautenschläger
jussara@diariopopular.com.br

21 julho 2011

Professora Andréa Bachettini da UFPel é eleita presidente da ACOR-RS

A professora do Departamento de Museologia e Conservação e Restauro do Instituto de Ciências Humanas da UFPel, Andréa Lacerda Bachettini, foi eleita presidente da Associação dos Conservadores e Restauradores de Bens Culturais do Rio Grande do Sul (ACOR-RS), para o biênio 2011-2013.
Fundada em 8 de julho de 2003, a ACOR-RS é uma sociedade civil, sem fins lucrativos, espaço de discussão alicerçado na ética e na construção de propostas para dignificar a prática da conservação e restauração e proteger, como órgão da categoria, os profissionais conservadores e restauradores de bens culturais do Estado, como está previsto no seu estatuto.
A eleição aconteceu na última sexta-feira(15), durante Assembleia Geral da entidade, realizada no auditório do Museu de Arte do Rio Grande do Sul - Ado Malagoli - (Margs), em Porto Alegre.
A assembléia foi conduzida pela presidente do biênio 2009-2011, Lorete Mattos (restauradora de obras raras da Biblioteca da UFRGS) e pela secretária Loreni de Paula (restauradora do Margs). Foram apresentados o relatório de atividades e a prestação de contas da última gestão. A posse está prevista para 30 dias após a eleição.
Nova diretoria da ACOR-RS, biênio 2011-2013:
Presidente: Andréa Lacerda Bachettini, DMCOR/ICH/UFPel; Vice- Presidente: Naida Maria Vieira Corrêa, Margs, Sedac, RS/Restauratus; 1° Secretária: Loreni Pereira de Paula, Margs/Sedac,RS; 2° Secretária: Ângela Macalossi; Mestranda/UFPel; Tesoureiro: Fellippe de Moraes, Autônomo. Conselho Consultivo: Mariana Gaelzer Werthaimer, Autônoma; Daniele Baltz da Fonseca, DMCR/ICH/UFPel; Silvana Bojanoski, DMCR/ICH/UFPel; Denise Stumvoll, MCS/ Sedac, RS; Roberto Luiz Sawiztki, Iphae/ Sedac, RS. Conselho Fiscal: Vera Zugno, Autônoma; Luis Fernado Rhoden, IPhan,RS; Keli Cristina Scolari, DMCR/ICH/UFPel. Conselho Técnico: Lorete Mattos, UFRGS.

25 maio 2011

POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO DO PATRIMÔNIO: Conversando sobre Pelotas e Região


       Foi realizada nesta quarta-feira 25 de maio no auditório do MALG em Pelotas palestra com a Bacharel em direito e especialista em direito processual pela Universidade Católica de Pelotas e mestra em memória social e patrimônio cultural pela Universidade Federal de Pelotas Sra. Ivana Morales Peres assistente de promotoria da justiça especializada de Pelotas, palestrou sobre limitações ao direito de propriedade e efeitos na preservação do patrimônio cultural.
       A mestre em patrimônio cultural explanou como se deve agir juridicamente na proteção do bem cultural que trás consigo uma memória para a sociedade, contando exemplos vivênciados por ela frente a assistência da promotoria de justiça. Após a palestra esclareceu questões feitas pelos alunos. O ciclo de POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO DO PATRIMÔNIO é uma realização do Grupo PET Conservação e Restauro, Curso de Conservação e Restauro, Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (MALG) e Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Participe, semana próxima será a vez do palestrante Fábio Cerquera Vergara onde abordará um tema de grande importância Educação Patrimonial na cidade em Pelotas: ações para o patrimônio da cidade.

14 maio 2011

Semana de Museus - Pelotas/RS

       A coordenação dos cursos de Bacharelado em Museologia e o de Conservação e Restauro da UFPel promovem, de 17 a 20 de maio, a Semana de Museus. A sua presença é muito importante. As atividades serão realizadas no auditório do Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (Malg), com exceção da palestra de abertura, marcada para o auditório do Instituto João Simões Lopes Neto (rua Dom Pedro II, 810).

As inscrições podem ser feitas até o dia 17, às 16h, na Secretaria do curso de Museologia.
Veja outras informações no cartaz.


10 maio 2011

Entrevista com a aluna do curso conservação e restauro Mara Lúcia da UFPel - Pelotas/RS

O blog entrevistou a aluna Mara Lúcia de Vasconcelos, que foi contemplada com a bolsa Luso-brasileira Santander Universidades, com isso ela teve a oportunidade de cursar um semestre de conservação e restauro na Universidade Católica Portuguesa, na cidade do Porto em Portugal. Mara nos falou um pouco de sua experiência adquirida no pais, no qual ela mesma diz, ser uma das referências mundiais nas áreas de conservação e restauro e Patrimônio Cultural. Confira!

Blog – Como você conseguiu o intercâmbio para a universidade em Portugal?
Mara – Consegui o intercâmbio através de um processo seletivo organizado pelo Departamento de Intercâmbio e Programas Internacionais da UFPel (DIPI) para preencher as vagas oferecidas pelo Programa de Bolsas Luso-Brasileiras Santander Universidades. Escolhi como destino a Universidade Católica Portuguesa, na cidade do Porto, e após as etapas de análise do currículo, plano de estudos e carta de intenções e da entrevista, fui então selecionada.

Blog – Quais foram às áreas da conservação e restauro estudadas em que você mais aprofundou ou direcionou seus estudos nesta experiência? Como foi a receptividade da instituição?
Mara – A área na qual mais me aprofundei foi a dos materiais orgânicos, mais especificamente madeira. Além de cursar disciplinas relativas a este material, como História das Artes da Madeira – Talha e Conservação e Restauro de Mobiliário, tive a oportunidade de acompanhar uma professora da área diariamente na oficina do curso. O convite feito pela professora e a disponibilidade em ensinar exemplificam bem o tratamento que recebi na UCP. Todos, colegas e docentes, me receberam muito bem e com certeza tornaram esta experiência ainda melhor.

Blog – De que forma este intercâmbio contribuiu para a tua formação?
Mara – A oportunidade de estudar fora do país contribui de forma muito positiva para a formação acadêmica, profissional e pessoal. O intercâmbio foi de extrema importância para a consolidação de conhecimentos e enriquecimento do currículo. O contato com as diferentes disciplinas, projetos, professores e autores trouxe qualificação diferenciada para minhas atividades acadêmicas e profissionais.
“Em relação ao ensino, acho que estamos muito bem, pois não tive nenhuma dificuldade de acompanhar as aulas e os conteúdos, e me senti bem preparada em todos os momentos.”
Blog – No teu ponto de vista, qual a importância para o nosso curso de conservação e restauro ter uma relação com o curso de Portugal?
Mara – Acho que, para qualquer instituição de ensino, a troca de informações com outras instituições é sempre muito proveitosa, e deve ser estimulada. Portugal é uma das referências mundiais nas áreas de Conservação e Restauro e Patrimônio Cultural, e essa qualidade se reflete nas instituições de ensino e nos respectivos cursos. Manter uma relação com o curso da UCP de Portugal é extremamente interessante para o nosso curso, pois possibilita o intercâmbio de informações e a realização de projetos em parceria.

Blog – Você percebe diferença na visão que tem Portugal sobre a conservação e o restauro, em relação ao Brasil?
Mara – Ao contrário do Brasil, Portugal já possui tradição na área. Existe um mercado de trabalho estabelecido, muitas empresas especializadas em Conservação e Restauro, ou seja, existe a profissionalização, da qual muitas vezes sentimos falta no Brasil. A própria postura dos alunos dentro da universidade já é muito profissional.

Blog – Quais foram às diferenças mais marcantes entre a UFPEL e a universidade que você fez seu intercâmbio?
Mara – Acho que a diferença mais marcante é relativa à infraestrutura, não somente pelo fato da universidade de destino se tratar de uma instituição privada, mas também pelas diferenças gerais entre universidades portuguesas e brasileiras. No caso específico da UCP, o curso da Conservação e Restauro possui salas e equipamentos muito próximos do ideal, e um prédio que foi construído com a finalidade de abrigar o curso. Ainda assim, em relação ao ensino, acho que estamos muito bem, pois não tive nenhuma dificuldade de acompanhar as aulas e os conteúdos, e me senti bem preparada em todos os momentos.

Blog – Você pretende voltar a Europa para continuar seus estudos?
Mara – O intercâmbio foi também uma maneira de estabelecer contatos relativos à pós-graduação. Pude acompanhar uma aula do Mestrado em Conservação de Bens Culturais da UCP, a convite de um professor, e assim já me aproximar um pouco deste projeto.

28 abril 2011

IN CONSERVA - 1° Festa do grupo PET C&R - ingressos com alunos do PET


Entrega do projeto “Restauração de Peças do Acervo do Museu da Baronesa” - Pelotas

 

       Nesta quinta-feira (28), a partir das 18h, a direção do Museu da Baronesa recebe, em seus salões, autoridades convidadas e imprensa para a abertura da mostra intitulada “Restauração do Mobiliário Dourado e Pinturas do Museu da Baronesa”. A exposição será aberta ao público na sexta-feira (29), de forma gratuita - Dia de Passe Livre-, no período compreendido entre às 13h30 e às 18h. A direção do Museu alerta ainda que na quinta-feira a instituição estará fechada ao público durante o dia para fins de montagem da nova mostra, abrindo apenas às 18h.
        Além desta, estarão em exposição também as peças que compõem o projeto “Restauração de Peças do Acervo do Museu da Baronesa”, com financiamento da Lei Rouanet, captação de recursos financeiros realizada pela ATO Produção Cultural junto à Eletrobrás, Eletrosul e BRDE e executado pela empresa Restauratus Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis Ltda. , em parceria com o Curso de Conservação e Restauro – ICH/UFPel.
O trabalho teve início, em 2009, com a restauração e acondicionamento de 63 leques da Coleção Adail Bento Costa. Nesse momento festivo retornam à exposição quatro pinturas da Coleção Família Antunes Maciel, um espelho, dois consoles e duas cadeiras estilo rococó, além de duas cadeiras, uma mesa e uma banqueta em estilo neoclássico.

Rethalhado do site:  http://www.pelotasconvention.com.br
Foto: http://www.restauratus.com.br/

06 abril 2011

Palestra - O papel da Promotoria na proteção ao patrimônio da cidade

Dr. PAULO ROBERTO GENTIL CHARQUEIRO
       Palestra hoje o 1º promotor de justiça da promotoria de justiça especializada de pelotas, o Dr. Paulo Roberto Gentil Charqueiro. No MALG ele abordará o assunto “O papel da Promotoria na proteção ao patrimônio da cidade”, com a organização do Grupo PET Conservação e Restauro, Curso de Conservação e Restauro, Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (MALG) e Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
Inscrições no local: Das 19:00h a 19:30h



Divulgue o evento a todos os interessados!
Confira os detalhes e a programação acima na apresentação visual! 

04 abril 2011

Ciclo de palestras/aulas - Conservação e restauro no MALG

O Grupo PET Conservação e Restauro, Curso de Conservação e Restauro, Museu de Arte Leopoldo Gotuzzo (MALG) e Universidade Federal de Pelotas (UFPel) organiza o ciclo de palestras POLÍTICAS PÚBLICAS E GESTÃO DO PATRIMÔNIO: Conversando Sobre Pelotas e Região. 

1° Palestra 06/4 - 19:30h
Local: MALG
Rua General Osório, 725 - Pelotas/RS
Dr. PAULO ROBERTO GENTIL CHARQUEIRO - 1º PROMOTOR DE JUSTIÇA DA PROMOTORIA DE JUSTIÇA ESPECIALIZADA DE PELOTAS.
Palestra sobre: “O papel da Promotoria na proteção ao patrimônio da cidade”
Inscrições no local: Das 19:00h a 19:30h
  
Divulgue o evento a todos os interessados!
Confira os detalhes e a programação acima na apresentação visual!


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...