Localizada no Largo de Portugal, foi construída em 1884, para servir à linha ferroviária Rio Grande – Pelotas – Bagé (tripé porto-charque-gado), foi implantada graças ao empenho do conselheiro Gaspar Silveira Martins.
O prédio possui um salão principal onde temos a bilheteria e o acesso ao pátio dos trens. À esquerda funcionava a administração e, à direita, o setor de saúde ocupacional. O prédio possui 15 cômodos e no andar superior se encontra a residência do agente. Foi construída com três portas centrais, marquise de vidro, mansardas com oito janelas água-furtada, platibanda com balaústres de cimento, frontão central trabalhado, pinhas nas esquinas do telhado e das platibandas do andar superior.
O prédio possui um salão principal onde temos a bilheteria e o acesso ao pátio dos trens. À esquerda funcionava a administração e, à direita, o setor de saúde ocupacional. O prédio possui 15 cômodos e no andar superior se encontra a residência do agente. Foi construída com três portas centrais, marquise de vidro, mansardas com oito janelas água-furtada, platibanda com balaústres de cimento, frontão central trabalhado, pinhas nas esquinas do telhado e das platibandas do andar superior.
Foi inaugurada em 02 de dezembro de 1884, segundo jornal da época, "de forma fria e constrangedora", pois estava marcada apenas uma rápida parada dos trens na estação de Pelotas, o que foi reprovado pela comunidade que achou melhor não prestigiar os atos de inauguração. Mas, ao longo da ferrovia, houve muitas comemorações. A implantação da ferrovia e construção da estação repercutiu fortemente no desenvolvimento e no crescimento urbano de Pelotas. Logo se tratou da criação de uma rede viária capaz de ligar a estação ao resto da cidade, o que induziu o crescimento em direção ao "largo da estação".
Por volta de 1930, foram construídas duas laterais com porta e janelas, iguais para cada lado, mas sem mansardas, das quais foram retiradas as janelas, assim como as pinhas. A plataforma de embarque e desembarque é protegida por longa cobertura, estruturada a partir de "mãos-francesas" de ferro. O velho sino e o relógio, com duas faces, uma para dentro do saguão e outra para a plataforma de embarque, são originais no saguão de entrada (hoje foram retirados). A partir de janeiro de 1998, o imóvel foi abandonado, depredado e até incendiado. Hoje permanece assim, à espera de algum tipo de investimento que o recupere.
ACIMA: (esquerda) O pátio da estação, com o prédio ao fundo,no centro, em 1985. (direita) A mesma cena em 2007. O abandono após 22 anos é claríssimo (Fotos Alfredo Rodrigues).
Nota:
"O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) oficializou a cessão da estação férrea ao município de Pelotas, durante cerimônia realizada no salão nobre da prefeitura. Na mesma data, o prefeito Adolfo Antonio Fetter e o procurador da República Mauro Cichowiski dos Santos assinaram o Termo de Destinação de Verbas Judiciais para a Restauração e Instalação do PROCON e do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador no prédio. O prédio da Estação Férrea de Pelotas é tombado pela lei municipal nº 4.315 de 22 de Setembro de 1998 e inventariado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphe). Atualmente há um projeto que visa a requalificação do prédio e do seu entorno, em busca de abrigar o Centro de Referências em Saúde do Trabalho Macrorregião Sul (Cerest) e o PROCOM. O projeto propõe a revitalização completa do prédio.
O projeto de Recuperação e Reciclagem da Estação Férrea de Pelotas, desenvolvido pelas secretarias de Gestão Urbana (SGU) e Cultura e aprovado pelo Iphan, prevê a demolição e remoção das interferências não originais e a restauração das características tipológicas do conjunto. Além de restaurar totalmente importante símbolo da memória dos belgas, construtores da malha ferroviária, proporcionará mais espaço para as atividades do Procon e do Cerest e amplo estacionamento. O projeto está estimado em cerca de R$ 1,5 milhão – proveniente do Ministério Público Federal (MPF) e do Cerest -, mas Xavier esclarece que o valor pode mudar, uma vez que depende das variações de preços."
1884 – Estação de Pelotas na época de sua inauguração. Foto cedida por Wanderley Duck
1969 – Ainda com movimento de locomotivas a vapor. Foto cedida por Antonio A. Gorni
2003 – As duas fotos acima já mostra a estação totalmente abandonada. Foto Rodrigo Cabredo
"Depois de tantos carnavais, descaso e destruição a sociedade Pelotense aguarda um desfecho digno a sua estação ferroviária!! Esperamos que o mais breve possível."
Agradescimentos pela matéria:
Alexandra Viana;Andréia Conceição;Bruna Cardoso;Cintia Silva;Daniela Pierobom.
*http://www.defender.org.br/pelotasrs-estacao-ferrea-tem-nova-destinacao
*http://www.estacoesferroviarias.com.br/rs_bage_riogrande/pelotas.htm
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