Blog – Como você conseguiu o intercâmbio para a universidade em Portugal?
Mara – Consegui o
intercâmbio através de um processo seletivo organizado pelo Departamento
de Intercâmbio e Programas Internacionais da UFPel (DIPI) para
preencher as vagas oferecidas pelo Programa de Bolsas Luso-Brasileiras
Santander Universidades. Escolhi como destino a Universidade Católica
Portuguesa, na cidade do Porto, e após as etapas de análise do
currículo, plano de estudos e carta de intenções e da entrevista, fui
então selecionada.
Blog – Quais
foram às áreas da conservação e restauro estudadas em que você mais
aprofundou ou direcionou seus estudos nesta experiência? Como foi a
receptividade da instituição?
Mara – A área na qual
mais me aprofundei foi a dos materiais orgânicos, mais especificamente
madeira. Além de cursar disciplinas relativas a este material, como História das Artes da Madeira – Talha e Conservação e Restauro de Mobiliário,
tive a oportunidade de acompanhar uma professora da área diariamente na
oficina do curso. O convite feito pela professora e a disponibilidade
em ensinar exemplificam bem o tratamento que recebi na UCP. Todos,
colegas e docentes, me receberam muito bem e com certeza tornaram esta
experiência ainda melhor.
Blog – De que forma este intercâmbio contribuiu para a tua formação?
Mara – A oportunidade de
estudar fora do país contribui de forma muito positiva para a formação
acadêmica, profissional e pessoal. O intercâmbio foi de extrema
importância para a consolidação de conhecimentos e enriquecimento do
currículo. O contato com as diferentes disciplinas, projetos,
professores e autores trouxe qualificação diferenciada para minhas
atividades acadêmicas e profissionais.
“Em relação ao ensino, acho que estamos muito bem, pois não tive nenhuma dificuldade de acompanhar as aulas e os conteúdos, e me senti bem preparada em todos os momentos.”
Blog – No teu
ponto de vista, qual a importância para o nosso curso de conservação e
restauro ter uma relação com o curso de Portugal?
Mara – Acho que, para
qualquer instituição de ensino, a troca de informações com outras
instituições é sempre muito proveitosa, e deve ser estimulada. Portugal é
uma das referências mundiais nas áreas de Conservação e Restauro e
Patrimônio Cultural, e essa qualidade se reflete nas instituições de
ensino e nos respectivos cursos. Manter uma relação com o curso da UCP
de Portugal é extremamente interessante para o nosso curso, pois
possibilita o intercâmbio de informações e a realização de projetos em
parceria.
Blog – Você percebe diferença na visão que tem Portugal sobre a conservação e o restauro, em relação ao Brasil?
Mara – Ao contrário do
Brasil, Portugal já possui tradição na área. Existe um mercado de
trabalho estabelecido, muitas empresas especializadas em Conservação e
Restauro, ou seja, existe a profissionalização, da qual muitas vezes
sentimos falta no Brasil. A própria postura dos alunos dentro da
universidade já é muito profissional.
Blog – Quais foram às diferenças mais marcantes entre a UFPEL e a universidade que você fez seu intercâmbio?
Mara – Acho que a
diferença mais marcante é relativa à infraestrutura, não somente pelo
fato da universidade de destino se tratar de uma instituição privada,
mas também pelas diferenças gerais entre universidades portuguesas e
brasileiras. No caso específico da UCP, o curso da Conservação e
Restauro possui salas e equipamentos muito próximos do ideal, e um
prédio que foi construído com a finalidade de abrigar o curso. Ainda
assim, em relação ao ensino, acho que estamos muito bem, pois não tive
nenhuma dificuldade de acompanhar as aulas e os conteúdos, e me senti
bem preparada em todos os momentos.
Blog – Você pretende voltar a Europa para continuar seus estudos?
Mara – O intercâmbio foi também uma maneira de estabelecer contatos relativos
à pós-graduação. Pude acompanhar uma aula do Mestrado em Conservação de
Bens Culturais da UCP, a convite de um professor, e assim já me
aproximar um pouco deste projeto.
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