25 fevereiro 2011
PEQUENO RESUMO DA HISTÓRIA DA CONSERVAÇÃO/ RESTAURAÇÃO por Luciana Bonadio Part.2
Rethalhado do site: http://www.conservacao-restauracao.com.br
Artigo extraído do site "CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO" de Gilca Flores.
Seguindo o artigo que é baseado no livro de Ana Maria Macarrón Miguel, embora um resumo vou dividir em três partes para um melhor acompanhamento.
Parte 2
No Barroco, a Conservação/Restauração adquire um caráter mais específico devido à definição, pelo mercado, das diferenças entre artista e restaurador; buscam-se novos materiais, técnicas e teorias sobre as possibilidades e os limites da restauração da matéria e sobre o valor histórico e cultural das obras; ocorrem avanços nas técnicas de restauração dos suportes e de limpezas; as transposições e marouflages passam a ser amplamente utilizadas; valorizaram-se a pátina do tempo; há uma difusão de produtos devido aos receituários; a reintegração cromática é realizada, de forma ilusionista através de repintura com os mesmos materiais do original; esculturas são complementadas e patinadas; iniciam-se uma busca por materiais reversíveis, e continuam as mudanças formais e de tamanho, de acordo com o gosto da época.
No final do século XVIII e no século XIX, com o Classicismo, a Conservação/Restauração vincula-se ao sentimento de patrimônio cultural coletivo: criam-se museus e academias; controlam-se as intervenções nas obras; as coleções são abertas ao público, e os museus adotam políticas pedagógicas” em relação aos visitantes; surge a definição de museu: “local onde se guardam várias curiosidades pertencentes às ciências, letras e artes liberais”.
Na pintura, buscam-se materiais mais estáveis, experimentando-se diversos aglutinantes, com preferência para as têmperas e encáusticas, pelo seu não-amarelecimento e não-escurecimento; há uma maior compreensão sobre as alterações das cores devido ao tempo e sobre a instabilidade de determinados
pigmentos como o azul da Prússia; surgem novos pigmentos brancos, como o branco de zinco que substitui o branco de chumbo; a cera é usada, na frente e no verso da pintura, como camada de proteção contra umidade; iniciam-se os estudos sobre a oxidação dos materiais; inspetores do Estado controlam os trabalhos dos restauradores e classificam as obras de acordo com as suas deteriorações; produtos corrosivos deixam de ser utilizados, dando-se prioridades às cores; realizam-se reentelamentos, limitam-se as reintegrações cromáticas somente às lacunas, proíbem-se a eliminação de partes do original e de inscrições; transposições passam a ser realizadas somente nos casos de obras muito danificadas; o restaurador não pode levar cópias ou qualquer trabalho para seu ateliê e a circulação no local da restauração passa a ser restrita; algumas pesquisas científicas começam a ser realizadas em ateliês; novos critérios são estabelecidos, tais como, respeito máximo ao original, valorização do suporte, diminuição das transposições, reintegração ilusionista.
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