CONSERVAÇÃO E RESTAURAÇÃO DE BENS CULTURAIS

14 setembro 2010

DESENHO A MÃO LIVRE

Uso

Técnica de extrema importância para o Projetista, o Desenho a Mão Livre é fundamental em determinadas ocasiões. Muitas vezes somos obrigados a criar ou complementar desenhos sem o suporte do equipamento de desenho. Principalmente na obra, quando o projeto está sendo executado. A sua não interrupção exige que muitos desenhos sejam alterados no local, não dando tempo de revê-los no escritório. Quantas vezes temos que desenhar nas paredes para explicarmos aos técnicos do canteiro, determinados detalhes que não estão sendo compreendidos ou não foram executados. Nas apresentações para clientes fatalmente temos que desenhar algo, alguns detalhes e principalmente perspectivas. Muitos arquitetos preferem desenhar plantas, cortes, fachadas e detalhes a mão para posteriormente serem desenhados definitivamente nas pranchas ou nos computadores.

Técnica

Sobre uma folha de papel, segurar a lapiseira com firmeza e procurar executar o traçado sempre com a mão apoiada, em traço único, firme, em linhas não muito longas. A emenda entre os traços pode apresentar um pequeno afastamento, quase imperceptível, entre o fim de uma e o início de outra linha. Procurar sempre olhar um pouco à frente do trecho que está sendo desenhado e se possível ter uma referência de alinhamento (outra linha próxima, a margem da folha etc). O importante é que as linhas retas sejam realmente retas! Linhas ortogonais podem se cruzar, sem exageros. Evite as chamadas linhas “cabeludas”, aquelas que são traçadas diversas vezes com movimentos de vai e vem. Os arcos e círculos são os mais difíceis de serem feitos, mas com a mão bem apoiada, descrever um arco é quase que um movimento natural. Não esqueça de sempre que possível rodar um pouco a lapiseira para que a linha fique homogênea. Outro cuidado importante é, sempre que possível, realizar o desenho de cima para baixo. Ou seja, do desenho mais acima para o mais abaixo da folha. Isso evita que o papel fique sujo de grafite ou tinta, em virtude do manuseio. Em outros casos, dependendo da superfície de desenho é aconselhável o traçado com um lápis ou lapiseira com grafite mais macio, um grafite 6B talvez. Nestas ocasiões é difícil definir uma técnica, mas procurar ter a mão apoiada é fundamental.

Características das linhas

As linhas devem, sempre que possível, estar caracterizadas. Assim determinam a sua propriedade, facilitando a leitura do desenho;
Linhas fortes, grossas e escuras para trechos em corte;
Linhas médias, finas e escuras para trechos em vista;
Linhas fracas, para ajudar na construção;
Textos com letras claras e bem traçadas; e
Sempre que possível entre margens e com carimbo.

Aprimorando com a prática

Um bom desenho é fator primordial para um bom projetista. Assim como a boa letra, as linhas devem fluir com bastante clareza e facilidade. Não devemos ter medo de desenhar. O treino é de extrema importância para o aperfeiçoamento. Sempre que possível devemos desenhar a mão livre pois só assim perderemos a inibição. Esses desenhos, chamados de croquis, às vezes são verdadeiras obras de arte. Portanto não vamos nos restringir a desenhar com instrumentos ou no computador. Muitas vezes conquistamos um bom cliente com um mero traço que realizamos.

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